Cemig utiliza tecnologia para consolidar dados ESG

Com quase 70 anos de história, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) é uma das maiores companhias integradas de energia elétrica do Brasil, atuando na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia e ainda na distribuição de gás natural, além de ser também comercializadora de energia para clientes livres e um dos maiores grupos geradores do País.
Parceira da WayCarbon, empresa brasileira especializada em serviços e produtos focados na transição para a economia de baixo carbono, em diversos projetos voltados à pauta ESG nos últimos 14 anos, a Cemig conta com sua consultoria desde o final de 2018 para a sistematização da coleta de dados, além do desenvolvimento dos relatos em sustentabilidade, como o relatório socioambiental para a Aneel, o Relatório Anual e de Sustentabilidade (RAS), os questionários de mudança do clima e gestão hídrica do CDP e o inventário de emissões GEE (Gases do Efeito Estufa), assim como durante o processo seletivo do índice de sustentabilidade da B3 (ISE B3).
“Somos reconhecidos pelo nosso histórico de atuação na área de sustentabilidade. Estamos no índice de sustentabilidade do Dow Jones desde sua concepção, em 2000, e elaboramos o RAS desde 2006. Nós entendemos a transparência como uma marca do nosso tempo. É impossível as empresas se posicionarem no mercado sem prestarem contas sobre suas ações”, avalia o gerente de sustentabilidade da Cemig, Adiéliton Galvão de Freitas.
Gestão em tempo real – Simultaneamente à atualização da matriz de materialidade da sustentabilidade da Cemig, no início de 2019, a WayCarbon implementou o Climas, software voltado à sistematização da coleta e gestão dos indicadores ESG, para o qual capacitou 20 colaboradores da concessionária.
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“Tratar o nosso fluxo gigante de informações de forma manual era impraticável. A interface amigável do Climas facilitou o processo de atualização dos dados por parte dos mais de 200 respondentes ativos na plataforma on-line, alimentando-a constantemente, o que dinamizou inclusive nosso processo de auditoria em plena pandemia”, avalia a analista de sustentabilidade da Cemig, Aline de Oliveira.
A gerente de estratégias da WayCarbon, Mônica Árabe, explica que, na etapa de consolidação dos relatórios anuais, há um extenso processo de análise de dados e entrevistas, além do ciclo de auditoria interna. “O RAS (Relatório Anual de Sustentabilidade) é a principal referência que a Cemig possui para comprovar sua conformidade às altas exigências de índices como o Dow Jones, por exemplo, é preciso que ele represente fielmente a realidade da companhia”.
Como cada tipo de relatório requer um conjunto de informações diferente, a falta de padronização dos índices de sustentabilidade é um desafio para todas as empresas. “Contar com a visão de mercado da WayCarbon na redação dos relatos nos auxilia a direcionar os indicadores mais relevantes para a especificidade de cada um, correlacionando-os com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, parâmetro para a nossa governança corporativa”, avalia Adiéliton Galvão de Freitas.
Integração – Outra demanda da Cemig era integrar ainda mais as atividades das áreas de sustentabilidade com a de RI (Relações com Investidores), motivo pelo qual a WayCarbon ministrou também uma capacitação sobre os relatórios de sustentabilidade com o objetivo de reforçar essa integração entre áreas.
“Antes, realizávamos os relatórios de RI e sustentabilidade separadamente, mas percebemos a relevância dos indicadores ESG no processo de tomada de decisão dos investidores, então criamos uma parceria entre as áreas e, hoje, ambas dão seu parecer em conjunto, uma movimentação que observamos como tendência para as empresas”, aponta Adiéliton Galvão de Freitas.
O executivo destaca que, para além do atendimento às especificidades de cada relatório de sustentabilidade, a centralização das informações na solução Climas também dinamiza o processo de identificação e melhorias nas práticas de ESG por meio de indicadores operacionais e estratégicos, que contemplam tanto o acompanhamento de gestão de riscos, por exemplo, quanto ações relacionadas ao programa de diversidade e, também, treinamentos para os fornecedores da companhia.
Em relação à transparência da gestão ESG, Adiéliton Galvão de Freitas aposta que a próxima onda será a possibilidade de acompanhamento dos indicadores em tempo real para o público. “Creio que, ao menos, os principais índices ficarão disponíveis de forma perene. Por isso, investir na sistematização da coleta e tratamento desses dados é tão importante para as empresas”, encerra o executivo.
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