Cresce mercado de arquitetos para terceira idade

A arquitetura e o urbanismo é uma das áreas com mais oportunidades para a 3ª idade, sendo que 10% desses profissionais estão acima dos 60 anos e Minas Gerais segue a tendência nacional com 7%. Os dados do Anuário de Arquitetura e Urbanismo, publicado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) neste ano, revela que os arquitetos “mais experientes” estão fazendo a diferença no segmento.
O sócio-proprietário da mineira Arqsol Arquitetura e Tecnologia, arquiteto Tião Lopes, tem 75 anos e é um exemplo. Influenciado pela família, ele resolveu abrir o próprio escritório após se aposentar. “Sempre trabalhei como servidor público na área de arquitetura educacional. Abrir o negócio foi desafiador e muito gratificante”, relembra.
Há 25 anos com a Arqsol, ele espera que mais pessoas acima dos 60 anos retornem ao mercado. “O aumento da expectativa de vida levou muitos arquitetos aposentados a terem mais oportunidade de aliar sua experiência com o aprendizado de técnicas mais modernas”, afirma.
Uma série de fatores contribui para essa tendência, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como o envelhecimento da população, pois em 2010, o percentual de pessoas idosas era de 7,32% e, pelas projeções do instituto, até o fim do ano, essa taxa deve chegar a 9,52% e, em 2060, a 25,5%.
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Idade – O setor de arquitetura e urbanismo é formado por 66% de profissionais com menos de 40 anos, sendo a maioria, mulheres. Lopes vê com otimismo essa união entre jovens arquitetos e os “mais experientes”.
“O segredo do sucesso dessa diversidade está na correta combinação das qualidades de cada geração. Tanto os jovens, quanto os mais experientes, têm muito a ensinar e a aprender. À medida que todos sabem a importância de seu papel, conseguimos uma equipe bem integrada”, observa. (Da Redação)
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