Gestão

Empresas brasileiras estão mais comprometidas com integridade

Levantamento mostra que a cultura de integridade apoia a tomada de decisões éticas
Empresas brasileiras estão mais comprometidas com integridade
Foto: Adobe Stock

Tanto a integridade quanto a confiança corporativa representam aspectos fundamentais para a atuação das empresas, assegurando credibilidade, motivo pelo qual fazem parte das iniciativas de compliance e gestão. No Brasil, a cada dez executivos, mais de seis (66%) identificam que houve melhora nesses aspectos nos últimos anos.

Essa avaliação positiva no País se mostra maior do que no restante da América Latina, que registrou média de 64%. Globalmente, a porcentagem foi ainda menor, da ordem de 49%. Os dados são do Relatório de Integridade Global 2024, produzido pela Ernest & Young (EY), que entrevistou mais de cinco mil executivos.

Veja os insights do estudo sobre integridade, apontados como indicativos para essa melhora das empresas brasileiras:

  • Para 62% dos entrevistados foi o maior comprometimento da gestão na diligência dos assuntos de integridade;
  • para 54% foi o acompanhamento das demandas dos reguladores;
  • e, para 39%, foi a percepção de que os clientes estão mais exigentes por parceiros idôneos.

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A pesquisa considera ainda que a cobrança do próprio mercado faz a diferença em termos de integridade, já que não assegurar seu cumprimento significa ficar de fora do ambiente econômico, que se mostra cada vez mais competitivo.

Neste contexto, a cultura de integridade apoia a tomada de decisões éticas, resguardando as organizações de ganhos de curto prazo às custas de comportamento antiético.

O estudo aponta também que as empresas com uma abordagem mais robusta à integridade têm maior probabilidade de integrar os riscos de compliance e reputacionais ao processo de tomada de decisão.

  • Para quase 90% das empresas classificadas como “integrity-first” (integridade em primeiro lugar), o compliance com as regulações é sempre considerado em decisões importantes.
  • Já para 87% delas, os riscos reputacionais são sempre levados em conta nas decisões importantes.

Para que as empresas possam ser consideradas “integrity-first”, elas precisam se concentrar na prevenção da má conduta desde o topo. “Os líderes precisam fazer mais do que promover comportamento ético – eles precisam demonstrá-lo. Também necessitam aderir às políticas relacionadas à integridade e aos procedimentos que eles mesmos estabeleceram. O desafio é criar políticas e programas que efetivamente respaldem o discurso adotado”, orienta a pesquisa.

Nesse sentido, o estudo demonstrou que 83% dos participantes disseram estar comprometidos em exigir que suas lideranças estejam envolvidas não apenas nas conversas sobre conduta ética como na condução de casos e/ou incidentes de má conduta nas empresas.

(Com informações da Agência EY)

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