Gestão

Em Minas, empresas adotam programas de bem-estar como estratégia de impulsionamento

Levantamento do FESA Group revela que o bem-estar dos funcionários está ganhando espaço nas estratégias corporativas
Em Minas, empresas adotam programas de bem-estar como estratégia de impulsionamento
Crédito: Reprodução Adobe Stock

Mais de 48% das lideranças empresariais em Minas Gerais já estão implementando programas de bem-estar para seus colaboradores. É o que revela um recente levantamento do FESA Group, empresa focada em soluções de RH. O estudo, que abrangeu as cidades de Belo Horizonte e Uberlândia, traz à tona um dado significativo: a felicidade no ambiente de trabalho deixou de ser um conceito abstrato para se tornar uma prioridade concreta nas agendas corporativas.

A pesquisa contou com a participação de 175 executivos e C-Levels, e mostra que o tema está inserido no radar das empresas mineiras. Em Belo Horizonte, 48% dos líderes disseram que suas organizações estão no processo de elaborar práticas específicas para promover a felicidade dos funcionários, enquanto 35% afirmaram já possuir programas robustos voltados para o bem-estar.

Já em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a pesquisa revela que 60% das empresas estão iniciando a implementação de ações voltadas ao bem-estar, enquanto 20% já possuem programas consolidados. Na cidade, a importância da felicidade no trabalho para o desempenho corporativo foi unanimemente reconhecida, com 96% dos líderes concordando com sua relevância.

Os dados reforçam que a felicidade no trabalho não é apenas uma questão de bem-estar emocional, mas também envolve a satisfação com as tarefas diárias, o alinhamento de valores e a criação de um ambiente de trabalho positivo. 

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Essa percepção tem um impacto direto no desempenho das empresas, como mostra um estudo da Harvard Business Review, publicação da Harvard Business Publishing (HBP). O estudo mostra que 31% dos colaboradores se dizem mais produtivos quando estão satisfeitos, e 85% relatam maior eficiência nas mesmas condições.

Felicidade no trabalho impulsiona os negócios 

A pesquisa do FESA Group também revela que 84% dos executivos de Belo Horizonte concordam totalmente que empresas com líderes comprometidos com o bem-estar tendem a obter melhores resultados financeiros. Este dado sublinha a crescente conscientização de que a promoção da felicidade no trabalho é uma estratégia empresarial crucial.

E de acordo com um estudo da Deloitte, empresa de auditoria, consultoria e gestão de riscos,  as empresas com práticas de engajamento dos funcionários bem desenvolvidas têm 3,9 vezes mais probabilidade de superar sua concorrência em receita por funcionário.

O Managing Partner da FESA Group, Lucas Ribas Wilson, destaca que “a felicidade no ambiente de trabalho não é apenas um luxo ou um benefício extra, mas uma necessidade estratégica para o sucesso organizacional”.

O levantamento da FESA Group ainda recomenda alguns pilares nesse sentido: 

  • criação de cultura organizacional: líderes sendo fundamentais na construção de uma cultura que promova a felicidade e práticas que incentivem o bem-estar;
  • exemplos de inspiração: demonstrar comportamentos positivos e compromisso com o bem-estar pessoal e dos outros; 
  • empatia e comunicação: fatores que ajudam a criar um ambiente de confiança e segurança.

Aumento da produtividade

A adoção de práticas de bem-estar no ambiente corporativo é vista como um caminho para aumentar a produtividade, melhorar o desempenho, reduzir a rotatividade e reter talentos. É o que explica o fundador da Vinning, Consultoria de Felicidade Corporativa, parceira do FESA Group, Vinicius Kitahara.  

“É ótimo ver que as lideranças estão engajadas com o tema. Ainda há muito por fazer, mas a relevância do assunto nas corporações já é uma realidade do dia a dia delas”, afirma Kitahara.

Nesse cenário, o levantamento da FESA Group também identificou que, em relação à habilidade de implementação deste tipo de cultura no ambiente corporativo, 36% dos líderes afirmam estarem aptos ao tema. Quando perguntados se consideram importante medir o retorno sobre investimentos (ROI) da felicidade no local de trabalho para justificar desembolsos em programas de bem-estar, 56% concordaram com a afirmação. 

Essa tendência reflete uma mudança significativa na forma como as empresas mineiras já estão abordando o bem-estar dos funcionários, posicionando a felicidade corporativa como um pilar estratégico para o sucesso sustentável.

Assim, tanto na pesquisa realizada na capital mineira quanto em Uberlândia, alguns pontos se repetiram na percepção do que pode contribuir com a felicidade no trabalho. São eles:
 

  • o reconhecimento profissional; 
  • o ambiente de trabalho positivo; 
  • oportunidades de crescimento e de aprendizado/desenvolvimento.

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