Gestão

No Brasil, 51% dos trabalhadores estão insatisfeitos com o próprio salário, diz pesquisa

Estudo identificou vários fatores que afligem o dia a dia do trabalhador; veja os principais
No Brasil, 51% dos trabalhadores estão insatisfeitos com o próprio salário, diz pesquisa
Realizada em conjunto com o Instituto Locomotiva, a amostra contou com 4.529 entrevistados da base VR, de todo território nacional | Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Uma pesquisa recente realizada com 4.529 trabalhadores em todo o Brasil aponta que 51% deles estão insatisfeitos com o próprio salário e que 32% consideram mudar de emprego para ganhar mais. As informações são da empresa VR Benefícios, marca que atua com utilidades como cartões e auxílios de alimentação e refeição, além de vale-transporte em parceria com empresas.

O levantamento mostra, ainda, que falta oportunidade de crescimento para 44% dos entrevistados, e mais:

  • 38% revelam o desejo de mudança para experimentar uma nova profissão;
  • 32% afirmam total descontentamento com benefícios oferecidos pelas empresas onde atuam.

Número de trabalhadores em home office vem diminuindo

Sobre o modelo de trabalho, 82% dos entrevistados exercem suas funções presencialmente nas empresas, enquanto 18% trabalham em modelos que incluem o home office – que pode ser 100% remoto ou híbrido.

Em um comparativo com a pesquisa de 2022, 78% dos entrevistados trabalhavam presencialmente e 22% em algum modelo com home office, o que demonstra a tendência de que o trabalho remoto vem perdendo força no universo corporativo após a pandemia de Covid-19.

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“Essa rodada da pesquisa VR em parceria com a Locomotiva reforça o compromisso da VR em conhecer a jornada do trabalhador a partir do uso intensivo de dados, o que nos ajuda a desenvolver serviços que gerem impacto positivo e social, e facilite a vida desse trabalhador”, reflete o diretor executivo de negócios da VR, Cassio Carvalho.

Cuidados com a saúde ‘acendem’ alerta em trabalhadores

Um dos principais requisitos para o bom funcionamento de uma empresa é a saúde e disposição dos colaboradores, estabelecendo, assim, uma boa saúde organizacional. Isso também permeia a saúde cultural adotada internamente com ações de apoio e programas de incentivo e, passa, ainda, pela relação com clientes, parceiros, colegas de trabalho e tomadores de decisões.

Entretanto, segundo o levantamento, 74% dos trabalhadores expressaram preocupação com a saúde em geral, e 66% com a própria saúde mental.

Veja outros dados apresentados pelo estudo:

  • 67% dos entrevistados, em algum momento, já sofreram com piques de cansaço de mental e emocional;
  • 43% relataram ter enfrentado estresse ou burnout, também conhecido como a Síndrome do Esgotamento Profissional;
  • 35% lidaram com ansiedade, crises de pânico ou depressão;
  • 38% têm medo de perder o emprego.
Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Ainda de acordo com o levantamento, essa realidade afeta, especialmente, as mulheres no ambiente de trabalho. 47% delas já enfrentou crises de ansiedade, pânico e depressão no ambiente de trabalho. Além disso, metade afirmou que nos últimos 12 meses sofreram de estresse ou burnout.

Maioria das empresas não oferecem suporte psicológico

A pesquisa também revela que a maioria das empresas não oferece benefícios para cuidados com a saúde mental, como o acompanhamento psicológico. Nesse cenário, somente 32% dos trabalhadores têm acesso a palestras e seminários sobre o tema.

Programas de apoio psicológico e reembolso para terapia são oferecidos por 30% das empresas e são mais comuns entre as classes sociais mais altas que participaram do estudo, representando 37% dos trabalhadores participantes.

Maioria dos trabalhadores têm dívidas

Nas relações com o dinheiro, 78% dos entrevistados possuem alguma dívida em aberto, sendo que 29% estão com os pagamentos atrasados há mais de 30 dias. Para 43% deles, as pendências financeiras chegam a comprometer 50% ou mais da renda total. Cerca de 49% são os únicos responsáveis pelas contas em seus lares, enquanto 47% dividem a função com outros membros da família.

De acordo com os dados, 4 em cada 10 trabalhadores têm dificuldades para entender assuntos financeiros e quase metade, ou seja, 48% já adquiriram dívidas por comprar sem pensar.

Aproximadamente 53% dos entrevistados fizeram empréstimos, e 32% ainda pretendem fazer, sendo as razões mais indicadas as emergências financeiras e despesas não previstas por 41% dos profissionais, e o pagamento de dívidas por 39% deles.

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