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Política de benefícios segue novas tendências

Política de benefícios segue novas tendências
Eduardo del Giglio: a Caju tem como objetivo revolucionar a forma como as empresas e os funcionários lidam com os benefícios corporativos | Crédito: Divulgação

Há tempos o recrutamento, a seleção e a retenção de talentos dão dor de cabeça aos profissionais de recursos humanos e, em que pese os mais de 13 milhões de desempregados no Brasil, não há empresa que não reclame da escassez de mão de obra qualificada, especialmente os ligados à tecnologia. 

Receita antiga e tão impactada pelo cenário pandêmico, a política de benefícios continua sendo oferecida para mitigar o problema. Incrementada por novas tendências, personalização, autonomia e uso massivo de tecnologia, a estratégia de muitas empresas vai muito além do velho vale-transporte e plano de saúde. E para quem quiser – independentemente do setor de atuação ou do porte da empresa – encarar a competição global por talentos, esse é um assunto que já tem que estar na pauta.

A Pontomais, startup especialista em gestão de ponto on-line e soluções de desburocratização de processos de RH, lançou a pesquisa anual “Censo de Benefícios 2021”. Como parte fundamental para a aplicação do employer branding (conjunto de técnicas e ferramentas para gerar uma percepção positiva do mercado a respeito de uma empresa como local de trabalho), o primeiro ponto analisado foi o alinhamento entre benefícios e estratégias dentro das empresas, considerado importante por mais de 90% das 150 organizações respondentes. Entre elas, 53,4% afirmam que pensam nos benefícios para a retenção de talentos e 38,2% como estratégia de employer branding. Apenas 7,6% dos entrevistados os veem como uma obrigação.

De acordo com o CEO da Pontomais, Hendrik Machado, se desde 2020 os benefícios passaram a ter papel decisivo para funcionários e candidatos, neste ano a inovação será peça-chave para as organizações.

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“Por décadas, as empresas, principalmente as menores, olharam apenas para as obrigatoriedades de cada categoria. Com a difusão da tecnologia, as relações de trabalho mudaram. Os empresários começaram a ver que tinham que fazer mais para conquistar e reter talentos. Olhar para o que o profissional gostaria. A criatividade tem que estar na reinvenção dos benefícios, não conquistamos resultados diferentes fazendo as mesmas coisas. A gente vinha de uma relação de comando e controle, mas  agora as empresas estão se permitindo ouvir os colaboradores”, explica Machado.

Para Machado, benefícios passaram a ter papel decisivo | Crédito: Divulgação

Conhecido como o benefício mais tradicional no País, o vale-transporte depositado nos cartões municipais é o mais utilizado por quase 20% das empresas entrevistadas. Já o vale-combustível ainda é pouco difundido no Brasil e tem espaço para crescer: 30,5% dos respondentes afirmaram não proporcionar o benefício; contudo, mesmo entre os que oferecem, 33,6% alegam entregar um valor irrisório, entre R$ 6 e R$ 15.

No que diz respeito ao vale-refeição, quase metade (43,5%) das empresas entrega um valor médio diário entre R$ 16 e R$ 25, enquanto a faixa entre R$ 26 a R$ 35 é praticada por 22,9% das empresas. Nos dois extremos, 8,4% pagam menos de R$ 15 e apenas menos de 5% dão aos seus funcionários um montante acima de R$ 36. Com relação ao vale-alimentação, a quantidade de empresas que não oferecem (35,9%) é praticamente a mesma daquelas que pagam mais de R$ 300/mês (38,9%). Ou seja, quando ofertado, o vale-alimentação é visto como algo extremamente valioso para os funcionários, indo além dos valores simbólicos.

Na categoria de demais benefícios oferecidos, o plano de saúde lidera o ranking (86,5%), seguido por vale-creche e vale-academia, respectivamente, em uma lista que também inclui itens como auxílio-estudo e cursos de idiomas. Contudo, apesar de a gestão de benefícios ser vista como algo que agrega valor para as marcas, aqueles que vão além dos tradicionais ainda são pouco explorados.

E com espaço para crescer, as empresas devem se preocupar ainda com a diversificação e personalização dos benefícios. As novas gerações não querem mais ser tratadas como uma massa disforme e despersonalizada. Assim como os clientes, os colaboradores querem se sentir únicos e protagonistas do processo.

“A principal intenção do programa de benefícios é proporcionar qualidade de vida e fazer com que a percepção da marca empregadora seja cada vez mais atraente para os colaboradores. As empresas precisam entender que o objetivo é que eles sejam endereçados para as pessoas corretas, mesmo que seja apenas uma porcentagem do seu time. Com isso, geramos mais valor de marca e conseguimos reter os talentos que fazem uso deles. Nesse ponto as pequenas empresas precisam ter atenção e se valer de uma contabilidade estratégica e consultiva capaz de controlar os custos e manter a relação positiva para a empresa”, pontua o CEO da Pontomais.

E foi pensando em atender às necessidades de profissionais atingidos radicalmente em sua rotina pela pandemia – com a digitalização das relações, trabalho remoto e políticas de distanciamento social, entre outros pontos – que surgiu, em 2020, a Caju.

A plataforma, segundo o fundador e CEO da Caju, Eduardo del Giglio, tem como objetivo revolucionar a forma como as empresas e os funcionários lidam com os benefícios corporativos. O produto é um cartão, bandeira Visa, que concentra vale-alimentação, vale-refeição, vale-transporte e benefícios para saúde, cultura e educação. Enquanto o RH seleciona as categorias que deseja oferecer aos colaboradores, bem como estipula limites e flexibilidade de gastos entre as categorias, os trabalhadores ajustam os valores de acordo com as suas necessidades, uma vez que o cartão possibilita a transferência instantânea de saldo de uma modalidade para outra de forma 100% segura e gratuita pelo aplicativo.

“Hoje, os talentos escolhem onde querem trabalhar. Por isso, as empresas estão atentas a construir uma proposta de valor para os seus colaboradores. A política de benefícios, porém, é uma coisa complicada. Lidar com tantos detalhes demanda tempo e gente especializada, isso somado aos cartões não serem aceitos em todos os lugares torna tudo muito difícil. Foi daí que saiu a ideia da Caju e ressignificar o produto e dar sabor a essa categoria. Como um cartão de crédito, o usuário não precisa se preocupar se aquele estabelecimento tem ou não convênio com a empresa na qual ele trabalha. E assim já temos usuários em todo o Brasil e também em países da Europa e Israel, por exemplo”, destaca del Giglio.

No ano passado, a companhia recebeu um aporte de R$ 45 milhões e está presente em mais de 500 cidades. Minas Gerais responde por 7% dos usuários – atrás de Rio de Janeiro e São Paulo – e 9% das empresas clientes.

Enquanto categorias ligadas à mobilidade perderam peso com o advento do trabalho remoto, outras foram ressignificadas. O vale-cultura, via de regra utilizado para exposições e espetáculos, passou a ser direcionado para o streaming. Enquanto nas grandes cidades os serviços de delivery dispararam, no interior foi a vez dos supermercados lucrarem com os “vales”. E novas categorias surgiram, como o “auxílio home office”, que ajuda quem está trabalhando a montar o site de trabalho (produtos de tecnologia e móveis) e arcar com a conta de luz, por exemplo.

“O cartão, agregando e permitindo dentro de regras estabelecidas pela empresa a intercambialidade entre os benefícios, tira o peso do RH e dá autonomia aos usuários. Em uma mesma empresa ou em uma mesma categoria profissional você tem pessoas de perfis completamente diferentes e, portanto, com necessidades e gostos também distintos. Atender essas diferenças faz parte da criação de uma proposta de valor capaz de fazer com que as pessoas sintam vontade de estar naquela empresa. Em um cenário de disputa global por talentos, isso pode fazer a diferença entre consolidação e desenvolvimento de uma empresa e o seu fracasso”, avalia o CEO da Caju.


Ei, você sabe o que é Segurança Energética?

Segurança energética é a oferta e disponibilidade de serviços energéticos a todo momento, em quantidade suficiente e a preços acessíveis, segundo a Agência Internacional de Energia. Porém, no Brasil, nossos diferentes modelos de fornecimento foram afetados pela pior seca (estiagem de chuvas) dos últimos 91 anos. Você sabe como isso afetou a sua vida?

O governo precisou adotar medidas administrativas que estimulam a consciência de consumo nas pessoas. Uma delas é a mudança nas regras de bandeiras tarifárias. E acredite, isso impactou a sua conta de energia de alguma forma. Porém, estamos vivendo um período de chuva após chuva desde o início de 2022. Isso indica que os reservatórios das hidrelétricas estão enchendo e o valor das bandeiras tarifárias pode ser reduzido?

Essa é a resposta que a Sociedade Mineira de Engenharia (SME), juntamente com o jornal DIÁRIO DO COMÉRCIO, está em busca por meio de contato com referências do setor.

Acontecerá um evento sobre este assunto. Participe. Será no dia 16 de março. Faça sua inscrição prévia e garanta informações em primeira mão para ocupar uma das cadeiras limitadas. Link de inscrição.

O que é Segurança Energética? - Evento SME sobre segurança energética. Crédito: Diário do Comércio
Crédito: Diário do Comércio

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