Gestão

Procura por candidatos qualificados cresce em Minas Gerais

Setores mais aquecidos são Agronegócio, Energia, Mineração e Bancos Digitais
Procura por candidatos qualificados cresce em Minas Gerais
A demanda por mão de obra no agronegócio cresceu em todas as regiões do Estado, em paralelo ao volume de investimentos | Crédito: Divulgação / Bayer

O Guia Salarial da Robert Half – uma das mais respeitadas fontes de informação sobre remuneração e tendências de recrutamento para auxiliar empresas e profissionais a tomarem as melhores decisões – mostra que o mercado de trabalho para profissionais qualificados (a partir dos 25 anos e graduação completa) em Minas Gerais vive um momento de aquecimento, com aumento no volume das abordagens recebidas pelos candidatos.

Segundo o levantamento, os setores mais aquecidos são: Agronegócio, Energia, Mineração, Bancos Digitais e Laticínios.

Já as áreas que lideram as contratações para posições permanentes: Comercial e Tecnologia. E para projetos por tempo determinado: Finanças, Supply Chain e Tecnologia.

De acordo com o gerente da Robert Half, Alexandre Mendonça, as empresas devem se atentar a dois pontos cruciais para o sucesso no mercado atual: é preciso garantir agilidade nos processos seletivos e trabalhar de forma estratégica para atrair os melhores talentos.

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“Minas Gerais é muito grande e temos movimentos de contratação distintos – a mineração e o agro sempre tiveram muito volume. O agronegócio cresceu em todas as regiões do Estado. Vejo muitos investimentos na área, fundos e empresas estrangeiras se movimentando. Por outro lado, as empresas familiares precisaram se profissionalizar. No Norte de Minas a energia fotovoltaica puxa o desenvolvimento”, explica Mendonça.

Os cargos/posições que estão sendo mais demandados para posições permanentes: Gerentes Comerciais e Desenvolvedores de Softwares Sênior. E para projetos por tempo determinado: Analista Contábil Sênior (focado em projetos de expansão, M&A, IPOs e demandas voltadas para auditoria); Analistas, Especialistas e Líder de Supply Chain (projetos voltados para Capex, principalmente de mineradoras) e T.I (desenvolvedores e arquitetos).

“Como alguns dos cargos mais procurados são muito específicos e escassos, há um investimento na profissionalização da mão de obra por parte das empresas. A mineração busca eficiência na gestão para diminuição dos custos. Já os bancos digitais tiveram um boom de contratações. No setor de laticínios estamos passando por um momento de consolidação, com grandes grupos fazendo aquisições e muitas empresas internacionais comprando ou fazendo joint ventures. Sobre os profissionais de tecnologia, os desenvolvedores continuam em alta. Houve inovação em todos os segmentos. Há ainda desequilíbrio entre oferta e demanda. A disputa pelos profissionais é globalizada e isso tem sido um grande dificultador. Precisamos investir mais em incentivo à formação e entender qual a motivação dos profissionais”, pontua.

Minas Gerais é muito grande e temos movimentos de contratação distintos, avalia Mendonça | Crédito: Divulgação

Para o especialista, com a modalidade de projetos em alta, os profissionais possuem excelentes oportunidades de participação em projetos importantes para as estratégias de cada empresa. Do ponto de vista da capacitação, o domínio de um segundo idioma (inglês) continua sendo um divisor de águas para o ingresso no mercado. Ferramentas tecnológicas como Power BI, por exemplo, também vêm sendo mais valorizadas.

“As áreas comerciais estão com um boom de contratações porque as empresas estão investindo e precisam reforçar a receita. O perfil desses profissionais está mudando do relacional para o uso de indicadores, inteligência de mercado e ferramentas de CRM. E os profissionais de finanças para dar conta das fusões e aquisições. Do ponto de vista da tecnologia, o Brasil está na ponta, com empresas disruptivas. Mas ainda temos um desequilíbrio por conta da moeda enfraquecida. Não somos atrativos pelo salário e idioma. As indústrias de todos os segmentos estão falando muito de ESG em quase todas as posições na área de operação. Isso junto com diversidade e inclusão. Estamos vivendo o mercado do candidato. A empresa precisa se preocupar em ser atrativa, justa e sustentável”, completa o gerente da Robert Half.

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