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Reforma Tributária: 8 em cada 10 empresas estão despreparadas para as mudanças, diz estudo

Para especialista, empresas precisam se preparar para as mudanças, sob pena de enfrentarem dificuldades e prejuízos
Reforma Tributária: 8 em cada 10 empresas estão despreparadas para as mudanças, diz estudo
Empresas enfrentarão um cenário fiscal complexo e exigente. Crédito: Adobe Stock

Um estudo apurado pela empresa de tecnologia e inteligência artificial (IA) para gestão tributária, Roit, aponta que 85% das empresas brasileiras apresentam alto risco de despreparo e incerteza para a reforma tributária. Um dos fatores está atrelado à falta de adaptação do setor empresarial às novas regras fiscais.

A reforma, regulamentada no dia 16 de janeiro deste ano pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá implementação gradual a partir de 2026, com previsão de conclusão em 2033. Durante esse período, as empresas enfrentarão um cenário fiscal complexo e exigente, necessitando de adaptações para evitar riscos e garantir a conformidade.

Reforma foi regulamentada no dia 16 de janeiro deste ano. Crédito: Ricardo Stuckert/PR

O CEO da Roit, Lucas Ribeiro, alerta para a urgência de as empresas se prepararem para as mudanças, sob pena de enfrentarem dificuldades e prejuízos.

“O rating da Reforma Tributária tem potencial para se configurar em um KPI (Key Performance Indicator, ou Indicador Chave de Performance), com relevância similar a outros indicadores como valuation (valor da empresa), NPS (nível de satisfação e fidelidade do cliente) ou EBITDA (resultados da organização). Desse modo, a metodologia se constitui em um benchmark (ferramenta que analisa empresas concorrentes) estratégico”, observa.

Solução de gestão fiscal para empresas

Segundo o especialista, diante da complexa teia de regulamentações da reforma tributária, a tecnologia emerge como ferramenta crucial para que empresas avaliem sua adequação.

O recém-criado rating da Reforma Tributária, por exemplo, é um mecanismo que busca oferecer um panorama objetivo dos desafios e oportunidades decorrentes das novas regras, visando se tornar um indicador estratégico para o planejamento financeiro e a tomada de decisões no setor privado.

O índice, idealizado pelo próprio CEO da Roit, é construído a partir da análise de quatro pilares principais:

  • Estratégicos,
  • Operacionais,
  • Tecnológicos e
  • Humanos.

Na prática, o sistema utiliza dados do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), documentos fiscais e simulações de cenários tributários. Por meio do cruzamento de informações em tempo real e da aplicação de inteligência artificial, a ferramenta identifica gargalos, oportunidades e riscos específicos para cada empresa, complementado por um levantamento detalhado de processos e sistemas.

CEO da Roit, Lucas Ribeiro. Crédito: Roit/Divulgação

Ribeiro explica que a avalição oferece previsibilidade, ajudando as empresas a antecipar os impactos da reforma e evitar surpresas financeiras. Além disso, fornece insights baseados em dados para a tomada de decisões estratégicas, como renegociação de contratos, formação de preços e gestão tributária.

Ele também destaca que empresas com alta pontuação na avaliação podem se diferenciar no mercado, demonstrando maturidade e responsabilidade. “Com a avaliação, as empresas podem deixar de ser meras espectadoras e se tornarem protagonistas da reforma tributária. Quem domina os dados, dita as regras”, afirma.

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