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Conheça as principais tendências para proteger o seu negócio de ataques cibernéticos

Entre as dicas, estão o uso de IA, gestão de riscos de terceiros, regulamentação e privacidade de dados
Conheça as principais tendências para proteger o seu negócio de ataques cibernéticos
Foto: Reprodução Adobe Stock

Segundo a Check Point Research, empresa de pesquisa de segurança da computação, houve um aumento de 30% nos ataques semanais a redes corporativas no segundo trimestre de 2024. Este crescimento é uma comparação com o segundo trimestre de 2023, mas também houve uma alta de 25% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Nesse cenário, a sofisticação dos ataques exige posição ativa da cibersegurança.

A pesquisa da Check Point Research também mostra que muitas empresas brasileiras acabam enfrentando, de forma recorrente, tentativas de invasão por malware (software feito com a intenção de causar danos a um computador ou sistema). A média de ataques a organizações por semana em todo o planeta é de 1.636, e a investida incessante de ataques destaca a crescente sofisticação e persistência dos chamados cibercriminosos.

A Check Point também indica em seu levantamento que, entre os setores da economia, o interesse dos hackers na área de educação e pesquisa se mantém crescente, já que teve a maior elevação em ataques cibernéticos no segundo trimestre deste ano em relação a todos os outros setores. O aumento foi de 53% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023, com uma média de 3.341 ataques por organização a cada semana. Já o Brasil registrou um aumento de 67% dos ciberataques, com as organizações sendo atacadas 2.754 vezes semanalmente.

Vazamento de dados e uso de IA

Uma pesquisa realizada pela CyberRisk Alliance, empresa que trabalha com inteligência de negócios para o ecossistema de segurança cibernética, aponta que o vazamento de dados (46%) e outros ataques na nuvem (43%) seguem como as maiores preocupações de profissionais em 2024, mesmo quando já há algumas ações de segurança nas empresas.

E, apesar de todo este cenário ser preocupante, os negócios ainda enfrentam outro desafio: o uso da inteligência artificial, que pode ser adotada como uma facilidade, muitas vezes, sem a devida preocupação com os seus desdobramentos. A tecnologia pode tanto ajudar os negócios a se prevenirem como também colaborar com aqueles que planejam o ataque.

O Grupo Daryus, de consultoria e educação em continuidade de negócios, gestão de riscos, cibersegurança e privacidade da informação, aponta as principais tendências para estas áreas no segundo semestre de 2024.

“Nos últimos anos, a gestão de riscos, a continuidade de negócios e a cibersegurança tornaram-se pilares essenciais para a gestão e a resiliência organizacional. À medida que avançamos em 2024, novas tendências e desafios emergem nessas áreas. Por isso, decidimos informar as empresas, a fim de prepará-las para as transformações que já estão acontecendo em todo o mundo”, explica o CEO do Grupo Daryus, Jeferson D’Addario.

Confira 5 tendências para manter o seu negócio seguro

Segundo D’Addario, manter-se atualizado com as tendências emergentes e adotar uma abordagem proativa em governança, risco e conformidade, continuidade de negócios e cibersegurança é essencial para a resiliência e sucesso das organizações a longo prazo.

“CEOs e conselheiros devem liderar essas iniciativas, garantindo que suas organizações estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que 2024 traz”, diz.

  1. Ascensão da inteligência artificial na cibersegurança: a IA continua a revolucionar a cibersegurança, oferecendo ferramentas avançadas para a detecção e resposta a ameaças. Ela permite analisar grandes volumes de dados e identificar ameaças que poderiam passar despercebidas pelos humanos.
  2. Gestão de riscos de terceiros: com a crescente dependência de terceiros e parceiros, a gestão de riscos associada a essas relações torna-se crítica. As organizações estão priorizando investimentos em resiliência e desenvolvendo planos de contingência específicos para lidar com incidentes envolvendo terceiros.
  3. Programas de segurança baseados em comportamento: mudanças no comportamento dos colaboradores são fundamentais para reduzir riscos de segurança. Programas focados em cultura e comportamento de segurança estão ganhando tração, pois ajudam a minimizar comportamentos inseguros e aumentar a adoção de controles de segurança.
  4. Tecnologias cognitivas e contínuas para governança, risco e conformidade (GRC): o uso de IA cognitiva em GRC oferece um enorme potencial para transformar dados em decisões em tempo real. Tecnologias como o monitoramento contínuo de controles e feeds de inteligência regulatória estão sendo adotadas para identificar vulnerabilidades de forma proativa e aprimorar a capacidade de supervisão de riscos e controles.
  5. Resiliência operacional e continuidade de negócios: a resiliência operacional continua a ser uma prioridade, com foco na capacidade das organizações de prever, antecipar e gerenciar riscos antes que se manifestem. Empresas que implementam programas de gestão contínua de exposição a ameaças (CTEM) têm 67% menos chances de sofrerem violações de segurança até 2026.
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