Acordo contra calote evolui no Senado dos EUA

Washington/Bengaluru – O Senado dos Estados Unidos deu um passo em direção ao aumento do teto da dívida do governo federal – atualmente em US$ 28,9 trilhões – ontem, quando votou para limitar o debate sobre a primeira de duas medidas necessárias para fazê-lo, enquanto o Departamento do Tesouro pressiona por ação até a semana que vem.
Além dos 48 democratas do Senado, 14 senadores republicanos e dois independentes votaram para avançar com o primeiro dos dois projetos de lei necessários para aumentar a autoridade de empréstimos do Departamento do Tesouro sob um acordo elaborado pelo líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e pelo líder republicano Mitch McConnell.
O Senado votou por 64 a 36 para possibilitar a aprovação da proposta que estabelece um procedimento acelerado de tramitação.
A Câmara pode votar o projeto de lei em si, que define regras aceleradas para aumentar o limite da dívida, já hoje. Se for aprovada, as duas Casas do Congresso precisarão votar na semana que vem um segundo projeto de lei que, de fato, aumenta o limite da dívida.
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O presidente Joe Biden deve sancionar os dois projetos de lei assim que forem aprovados.
A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira esta primeira proposta para contornar a regra de “obstrução” do Senado e, em última instância, aumentar a permissão federal para empréstimos por uma maioria simples de votos.
“Estou otimista de que, após a votação de hoje (ontem), estaremos num caminho direto para evitar um calote catastrófico”, disse Schumer em um discurso ao Senado.
O acordo Schumer-McConnell sobre o teto da dívida acontece apenas dois meses depois de o Congresso concordar com um aumento de curto prazo do teto da dívida para evitar um calote sem precedentes do governo federal de suas obrigações, o que teria implicações catastróficas para a economia mundial.
Fed – O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) aumentará as taxas de juros no terceiro trimestre do ano que vem, mais cedo do que o esperado há um mês, de acordo com pesquisa da Reuters com economistas, segundo os quais o risco é que a elevação ocorra ainda mais cedo.
Essa mudança nas expectativas de aperto monetário via juros para o terceiro trimestre do próximo ano, ante quarto trimestre, foi impulsionada por uma inflação persistentemente mais alta e agora mostra opiniões de economistas quase em linha com os preços de mercado.
No entanto, o aumento dos casos de Covid-19 em todo o mundo, em meio ao surgimento da variante Ômicron, e novas restrições em alguns países ressaltam que a pandemia ainda não acabou.
Ainda assim, a pesquisa de 3 a 8 de dezembro previu que o Fed aumentaria as taxas em 25 pontos-base, para a faixa entre 0,25% e 0,50% no terceiro trimestre de 2022. A ação seria seguida por mais três aumentos – no quarto trimestre do próximo ano e no primeiro e segundo trimestres de 2023. A taxa de juros deverá atingir o intervalo entre 1,25% e 1,50% no fim de 2023.
A mudança de cronograma para o terceiro trimestre do próximo ano também foi apoiada pelo chair do Fed, Jerome Powell, o qual afirmou que o banco central discutiria em dezembro se encerraria suas compras mensais de bônus de US$ 120 bilhões alguns meses antes do previsto. As expectativas anteriores eram de que o programa terminasse em meados de 2022.
Mais de 60% dos entrevistados para uma pergunta adicional, 22 de 35, disseram que o programa terminaria em março. Mais de 80% dos consultados, 30 de 36, disseram que o risco para o momento da primeira alta de juros é que ela chegue mais cedo.
Dezesseis disseram que um aumento poderia ocorrer no segundo trimestre de 2022 e cinco disseram que poderia acontecer já no próximo trimestre. Há apenas um mês, apenas cinco economistas haviam dito que o Fed deveria subir no segundo trimestre do ano que vem e quatro disseram no primeiro trimestre.
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