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China fiscaliza Evergrande, mas não espera venda de ativos por agora

China fiscaliza Evergrande, mas não espera venda de ativos por agora
Empresa descumpriu pagamentos de títulos, levando à reestruturação de mais de US$ 300 bi de dívidas |Crédito: Aly Song/Reuters

Pequim/ Hong Kong – Autoridades da China estão fiscalizando os ativos da Evergrande Group e de seu presidente do conselho de administração, Hui Ka Yan, e não esperam uma venda forçada agora de ativos da incorporadora mais endividada do mundo, afirmaram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

A auditoria mostra como Pequim está tomando controle sobre a situação da Evergrande depois que a gigante imobiliária descumpriu prazos de pagamento de dois títulos internacionais, disparando uma reestruturação dos mais de US$ 300 bilhões em dívidas do grupo.

A determinação do valor dos ativos e se existe algum escondido também vai permitir às autoridades decidir se um programa de recuperação financeira envolvendo instituições do governo será necessário, afirmaram as fontes.

Pequim tem repetidamente garantido aos investidores que a situação está sob controle, mas ainda não indicou como planeja estabilizar a companhia, que na semana passada foi colocada em situação de “default restrito” pela agência de classificação de risco Fitch depois que não pagou US$ 82,5 milhões em cupons de dívidas.

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Representantes de entidades estatais que estão atualmente no comando de um recém-criado comitê de gestão de risco na Evergrande e as descobertas anteriores das autoridades mostram que a crise de liquidez da imobiliária é mais complicada do que o esperado, afirmou uma das fontes.

“Atualmente, não há pressa de lançar qualquer plano de venda de ativos”, disse uma fonte próxima das autoridades, referindo-se a possíveis desinvestimentos, que vão desde a unidade de gestão de imóveis a um braço de produção de veículos elétricos.

Representantes da Evergrande não comentaram o assunto. Contatos com Hui e com o governo da província de Guangdong não puderam ser realizados.

Hui, 63, fundador da Evergrande e que atualmente detém cerca de 60% de participação na empresa, tem liberado recursos com a venda de ativos de luxo que incluem três casas de alto padrão, além de obras de arte.

A revista Forbes estimou em setembro que Hui recebeu US$ 8 bilhões em dividendos em dinheiro desde que a Evergrande estreou no mercado de ações em 2009, embora o valor atual de sua fortuna não seja conhecido.

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