China libera US$ 188 bi para bancos

Pequim – O banco central da China disse ontem que cortará a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reserva, em sua segunda medida do tipo neste ano, liberando 1,2 trilhão de iuanes (US$ 188 bilhões) em liquidez de longo prazo para impulsionar uma economia em desaceleração.
O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) disse em seu site que cortará a taxa de depósito compulsório para os bancos em 50 pontos-base. A medida valerá a partir de 15 de dezembro.
Alguns analistas acreditam que o crescimento pode desacelerar ainda mais no quarto trimestre em relação à taxa de 4,9% do terceiro trimestre, embora a expansão no ano cheio ainda possa ficar em torno de 8%.
“A redução da taxa de compulsório ajudará a aliviar a pressão negativa sobre a economia e a suavizar a curva de crescimento econômico”, disse Wen Bin, economista sênior do Minsheng Bank.
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“Embora haja pouca pressão para atingir a meta de crescimento econômico deste ano, o trabalho econômico enfrentará grandes pressões e desafios no próximo ano.”
O corte, o segundo neste ano após uma ampla diminuição em julho, foi sinalizado pelo premiê Li Keqiang na sexta-feira como uma forma de aumentar o apoio à economia, especialmente às pequenas empresas.
A redução não se aplicará a instituições financeiras cuja alíquota atual de compulsório está em 5%, disse, acrescentando que a média ponderada da taxa de compulsório para instituições financeiras será de 8,4% após o novo corte.
Pesquisa da Agência Reuters em outubro mostrou que economistas esperavam que o crescimento da China arrefecesse para 5,5% em 2022, mas alguns analistas reduziram previsões diante de novos riscos, como a deterioração do setor imobiliário. A nova variante do coronavírus (Ômicron) também é vista como fator adicional de risco.
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