China pode reduzir meta de crescimento

Pequim – Assessores do governo da China vão recomendar que as autoridades determinem uma meta de crescimento econômico para 2022 abaixo da de 2021, dando às autoridades mais espaço para reformas estruturais em meio a crescentes desafios.
Investidores estão buscando pistas sobre a agenda do próximo ano, uma vez que o presidente do país, Xi Jinping, e outros líderes realizam neste mês a Conferência Central de Trabalho Econômico.
Três assessores disseram à reportagem que esboçaram recomendações para as metas de crescimento econômico anual que vão de 5% a 5,5%, contra objetivo de “acima de 6%” para 2021. “Idealmente, devemos ter crescimento de 5%-5,5% ou em torno de 5,5% no ano que vem”, disse um dos assessores.
“É preciso manter a estabilidade econômica no próximo ano, conforme apresentamos uma nova liderança, e precisamos de algumas políticas contracíclicas para lidar com as pressões econômicas.”
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Outro assessor recomendou uma meta acima de 5% para o próximo ano.
Os assessores fazem propostas ao governo, mas não participam do processo de decisão final. Não se sabe quando as recomendações serão formalmente feitas. Os assessores falaram sob condição de anonimato.
Taxas de compulsórios – A China cortará as taxas de compulsório dos bancos de maneira oportuna para ajudar a proteger a estabilidade econômica, disse nessa sexta-feira (4) o primeiro-ministro Li Keqiang, segundo a imprensa estatal chinesa.
A China implementará políticas econômicas contínuas e as tornará mais direcionadas e eficazes, disse Li durante uma reunião com a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, por meio de uma chamada em vídeo.
Ele acrescentou que o país manterá sua política monetária prudente e uma liquidez razoavelmente ampla.
A China vai “cortar as taxas de compulsório de maneira oportuna para intensificar o apoio à economia real, especialmente a pequenas e micro empresas, para garantir operações econômicas estáveis e saudáveis”, disse Li.
Expansão de serviços – Nessa sexta-feira também foi divulgada a atividade do setor de serviços da China, que expandiu a um ritmo mais lento em novembro em meio ao aumento das pressões inflacionárias e pequenos surtos de Covid-19.
Segundo pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit., O PMI caiu a 52,1 em novembro de 53,8 em outubro, mas permaneceu acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
A leitura da pesquisa privada, que foca mais em pequenas empresas em regiões costeiras, acompanhou a do levantamento oficial, que também mostrou perda de força da expansão no setor de serviços.
O subíndice de novos negócios avançou, mas no ritmo mais fraco desde agosto. Mas as expectativas das empresas melhoraram em relação ao mês anterior.
O PMI Composto do Caixin para novembro, que reúne tanto o setor industrial quanto o de serviços, caiu a 51,2 de 51,5 no mês anterior.
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