EUA e Brasil dizem que mantiveram conversas comerciais positivas e almejam reunião entre Trump e Lula

Autoridades dos Estados Unidos e do Brasil mantiveram discussões comerciais na quinta-feira que os dois lados consideraram positivas e concordaram em trabalhar para agendar uma reunião entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva “na primeira oportunidade possível”.
Em uma declaração conjunta, as delegações disseram que “conduzirão discussões em várias frentes no futuro imediato e estabelecerão um caminho de trabalho”, embora nenhum cronograma tenha sido dado para a reunião proposta entre Trump e Lula.
As discussões em Washington, que incluíram o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio; o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer; e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, marcam o mais recente contato diplomático entre os dois países nas últimas semanas, após meses de um relacionamento complicado.
“Foi um princípio auspicioso de um processo negociador no qual trabalharemos para normalizar e abrir novos caminhos para as relações bilaterais”, disse Vieira a jornalistas em Washington.
Trump aumentou as tarifas sobre as importações norte-americanas da maioria dos produtos brasileiros de 10% para 50% no início de agosto, vinculando a medida ao que ele chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Na semana passada, Trump e Lula tiveram uma ligação telefônica, após um breve encontro nas Nações Unidas em setembro, após o qual ambos disseram que saíram com impressões positivas.
Durante o telefonema, eles concordaram em se encontrar pessoalmente, aumentando as expectativas de um degelo nas relações bilaterais.
As conversas de quinta-feira foram “ótimas”, com um tom produtivo e focadas em questões técnicas, disse Vieira. A reunião durou cerca de uma hora e incluiu uma sessão individual de 20 minutos com Rubio, acrescentou.
(Conteúdo distribuído por Reuters)
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