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EUA vão liberar petróleo reserva

EUA vão liberar petróleo reserva
De olho nas eleições legislativas do próximo ano, Biden quer reduzir inflação dos EUA e melhorar aprovação | Crédito: Tom Brenner/Reuters

Washington – Os Estados Unidos anunciaram ontem que liberarão milhões de barris de petróleo da reservas estratégicas, em movimento coordenado com China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Grã-Bretanha para esfriar preços, após produtores da Opep+ ignorarem apelos por mais oferta.

O presidente dos EUA, Joe Biden, enfrentando baixos índices de aprovação em meio a aumento da inflação antes das eleições legislativas do próximo ano, pediu repetidamente à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como Opep+, para bombear mais petróleo.

O anúncio de ontem de que os EUA vão liberar 50 milhões de barris foi feito depois que uma autoridade disse que Washington tinha abordado os principais consumidores de energia asiáticos para ajudarem a reduzir preços do petróleo de máximas de quase três anos.

A Grã-Bretanha não tinha sido anteriormente mencionada como envolvida no plano.

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Foi a primeira vez que Washington coordenou tal movimento com alguns dos maiores consumidores de petróleo do mundo, disseram as autoridades.

A Opep+, que inclui a Arábia Saudita e outros aliados dos EUA no Golfo, assim como a Rússia, rejeitou os pedidos para bombear mais em suas reuniões mensais. A organização se reúne novamente em 2 de dezembro, mas até agora não mostrou nenhuma indicação de que mudará de rumo.

A liberação da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA seria por meio de um empréstimo e também por venda para empresas, disseram autoridades americanas.

O empréstimo de 32 milhões de barris ocorrerá nos próximos meses, enquanto o governo aceleraria a liberação de 18 milhões de barris em vendas já aprovadas pelo Congresso.

“Vamos continuar conversando com parceiros internacionais sobre essa questão. O presidente está pronto para tomar medidas adicionais se necessário, e está preparado para usar todas as suas autoridades trabalhando em coordenação com o resto do mundo”, disse uma autoridade sênior dos EUA a repórteres.

Países – A Índia disse em um comunicado que liberaria 5 milhões barris, enquanto a Grã-Bretanha afirmou que permitiria a liberação voluntária de 1,5 milhão de barris de petróleo de reservas privadas.

A Coreia do Sul informou que detalhes sobre a quantidade e o momento da liberação das reservas de petróleo seriam decididos após discussões com os Estados Unidos e outros aliados.

Já a mídia japonesa disse que Tóquio iria anunciar seus planos hoje.

O petróleo Brent estava sendo negociado ontem acima de US$ 80 o barril – acima de seus níveis vistos antes do anúncio – mas ainda bem abaixo da máxima de três anos, registrada no mês passado, de mais de US$ 86.

Atividade empresarial desacelera no país

Washington – A atividade empresarial nos Estados Unidos desacelerou em um ritmo moderado em novembro, em meio à escassez de mão de obra e atrasos na entrega de matérias-primas, o que contribuiu para que os preços continuassem a saltar na metade do quarto trimestre.

A empresa de dados IHS Markit informou ontem que a leitura preliminar de seu índice PMI composto, que rastreia a atividade nos setores de manufatura e serviços, caiu para 56,5 em meados de novembro, ante 57,6 em outubro. Leitura acima de 50 indica crescimento da atividade de negócios no setor privado.

A taxa de expansão permanece acima da média de longo prazo da pesquisa considerando período pré-pandemia e é consistente com uma economia que está ganhando tração após um breve arrefecimento no verão do Hemisfério Norte.

O setor de serviços foi o responsável pelo menor ímpeto da atividade, com a IHS Market observando “certa resistência a preços mais altos”.

Embora muitas empresas tenham relatado que os negócios estão fortes devido ao aumento de viagens domésticas e internacionais, bem como a maior flexibilização das restrições da Covid-19, o ritmo de crescimento desacelerou em relação aos meses anteriores.

“A economia dos EUA continua aquecida”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da IHS Markit. “No entanto, a desaceleração ressalta como a economia está lutando para lidar com as constantes restrições de oferta.”

A medida da pesquisa de preços pagos por insumos pelas empresas saltou para 78,1. Essa foi a leitura mais alta desde o início da série, em 2009, e se seguiu a uma marca de 74,1 em outubro. Esses preços mais altos estão sendo repassados aos consumidores, indicando que a inflação pode permanecer desconfortavelmente elevada por um tempo.

Os preços ao consumidor subiram em outubro, em seu maior aumento anual em 31 anos.

A leitura preliminar do PMI do setor de serviços na pesquisa caiu para 57,0 no mês, ante 58,7 em outubro.

O trabalho inacabado nas empresas da indústria de serviços se acumulou no segundo ritmo mais rápido já registrado, disse a IHS Markit.

Apesar das restrições de oferta, a atividade manufatureira se recuperou, em meio a um fluxo de novas encomendas. O PMI preliminar para o setor manufatureiro aumentou para 59,1, de 58,4 em outubro. Economistas projetavam alta do índice para 59 no setor de manufatura, que responde por 12% da economia norte-americana. (Reuters)

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