Inflação na Alemanha acelera para 6%

Berlim – A inflação dos preços ao consumidor na Alemanha acelerou mais em novembro e bateu um recorde, enquanto a maior economia da Europa luta contra a escassez de oferta e a alta dos preços da energia, mostraram ontem dados preliminares, aumentando a pressão para o BCE reagir à elevação dos custos.
Os preços ao consumidor, ajustados para torná-los comparáveis com os dados de inflação de outros países da União Europeia (UE), aumentaram 6,0% no comparativo anual, após acréscimo de 4,6% em outubro, informou o Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha.
A leitura foi a mais alta registrada desde janeiro de 1997, quando a série harmonizada da UE teve início. O índice nacional de preços ao consumidor (IPC) aumentou 5,2% com relação a um ano antes, a maior taxa desde junho de 1992
O Banco Central Europeu (BCE) acredita que a inflação no bloco atingiu um pico em novembro, o que significa que será prematuro elevar os juros já que os aumentos de preços devem desacelerar gradualmente no ano que vem, disse Isabel Schnabel, integrante do Conselho do BCE.
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A inflação deve retornar para 2% como tendência no próximo ano, disse ontem ela à TV ZDF, uma vez que os gargalos de oferta e o aumento dos preços de energia vão se estabilizar.
Os atuais números elevados refletem tanto gargalos de oferta como efeitos de base depois de os preços terem ficado mais baixos no ano passado durante o ápice da pandemia.
“A maioria das projeções atualmente assume que a inflação caírá abaixo de 2%, portanto realmente não há sinais de altas de preços saindo do controle”, disse ela.
“Se achássemos que a inflação fosse se acomodar permanentemente acima de 2%, definitivamente reagiríamos. No entanto, no momento, não vemos indicação disso”, completou.
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