Lula disse a Trump que América Latina é zona de paz e não quer guerra
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (11) que, em telefonema ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou que a América Latina é uma zona pacífica e que não está interessada em guerras.
O presidente norte-americano faz um cerco à Venezuela, com a intensificação da presença militar no Caribe, e pressiona pela saída do líder venezuelano, Nicolás Maduro.
“Ontem quando eu conversava com ele… ele falou muito comigo, e eu falei ‘ô Trump, nós não queremos guerra na América Latina. Nós somos uma zona de paz'”, disse Lula em um evento em Minas Gerais, referindo-se na verdade a um telefonema da semana passada, segundo sua assessoria.
Lula tem demonstrado preocupação com a possibilidade de conflito e já se ofereceu como um mediador em negociações entre os dois países. O presidente também teve, em 2 de dezembro, uma conversa curta por telefone com Maduro sobre a pacificação na região.
Na terça-feira da semana passada, os dois conversaram em telefonema sobre tarifas comerciais e combate ao crime organizado, segundo nota do Palácio do Planalto.
Lula e Maduro tiveram ligação este mês para tratar da situação no Caribe e na América do Sul, diz Planalto
O Palácio do Planalto confirmou oficialmente um telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ocorrido no dia 2 de dezembro.
De acordo com a Presidência da República, a conversa foi curta e tratou da situação na América do Sul e Caribe e da pacificação na região.
Essa foi a primeira conversa entre os dois presidentes desde antes da eleição presidencial na Venezuela, no ano passado. O governo brasileiro contestou o resultado do pleito — apontado por observadores internacionais como fraudulento — e não reconheceu a reeleição de Maduro.
O telefonema acontece em um momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz um cerco à Venezuela e quer a saída de Maduro, com ameaças crescentes ao país.
Em conversa com Trump, Lula já se propôs a ser um mediador em negociações entre os dois países, mas não teve resposta do governo norte-americano.
Conteúdo distribuído por Reuters
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