Países reduzem intervalo de dose de reforço contra Ômicron

São Paulo/Genebra – Um número crescente de países está reduzindo o intervalo da dose de reforço das vacinas contra a Covid-19 de seis para até três meses, na tentativa de conter uma nova disparada de infecções provocada pela variante Ômicron.
Governos estão reagindo a indícios iniciais que levam a crer que a Ômicron está se disseminando mais rápido do que sua antecessora, a Delta, e que tem mais probabilidade de infectar pessoas que foram vacinadas ou tiveram Covid no passado. Mas há cientistas que dizem que doses de reforços cedo demais poderiam comprometer o nível de proteção de mais longo prazo das vacinas.
Embora os dados continuem limitados, alguns estudos de laboratório mostram que a vacinação inicial contra a Covid-19, normalmente em duas doses, não basta para impedir uma infecção de Ômicron, mas que uma dose de reforço pode ajudar.
Pesquisas do sul da África e do Reino Unido apontam que a variante está se propagando muito rapidamente, o que provoca previsões de que em breve ela ultrapassará a Delta em vários países. Cientistas também estão tentando determinar quão graves são os casos de Ômicron.
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Mais cedo neste ano, muitos países, incluindo os Estados Unidos, autorizaram uma dose de reforço seis meses após a administração da vacinação completa. Neste mês, Coreia do Sul, Reino Unido e Tailândia diminuíram este intervalo para três meses. O Brasil reduziu o prazo para quatro meses.
França, Cingapura, Taiwan, Itália e Austrália reduziram o tempo de espera por uma vacina de reforço para cinco meses. Alguns países, como EUA, África do Sul e Alemanha, estão se atendo ao cronograma de seis meses.
OMS – A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse ontem que é cedo demais para se concluir que a variante Ômicron do coronavírus é mais amena do que as outras cepas, afirmando que ela ainda pode deixar pessoas doentes o suficiente para “sobrecarregar” os sistemas de saúde.
“… provavelmente é insensato relaxar e pensar que esta é uma variante amena, que não causará doenças graves, porque acho que, com os números subindo, todos os sistemas de saúde ficarão pressionados”, disse Soumya Swaminathan aos jornalistas em Genebra.
Ela acrescentou que esta percepção parece se basear em dados iniciais vindos de partes da África do Sul que podem ter passado uma impressão equivocada devido aos níveis altos de imunidade existente na população.
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