Internacional

Pandemia enriquece mais os bilionários

Pandemia enriquece mais os bilionários
Aumento da desigualdade social no mundo é uma das consequências apontadas no relatório | Crédito: Marcelo Casal Jr /ABr

Londres e Washington – A fatia que os bilionários detêm da riqueza global das famílias aumentou de maneira recorde durante a pandemia de Covid-19 e os milionários também saem da pandemia na frente, revelou nessa terça-feira um estudo.

Produzido por uma rede de cientistas sociais, o Relatório da Desigualdade Mundial estimou que neste ano os bilionários possuem coletivamente 3,5% da riqueza global das famílias, mais do que os pouco mais de 2% vistos no início da pandemia, surgida no começo de 2020.

“A crise da Covid exacerba as desigualdades entre os muito ricos e o resto da população”, disse o autor principal, Lucas Chancel, ressaltando que economias ricas usaram um apoio fiscal maciço para mitigar os aumentos de pobreza acentuados vistos em outras partes.

O relatório se valeu de uma variedade de pesquisas especializadas e dados de domínio público e seu prefácio foi escrito por Abhijit Banerjee e Esther Duflo, economistas radicados nos Estados Unidos e dois membros do trio que recebeu um Prêmio Nobel por seu trabalho sobre a pobreza em 2019.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


“Como a riqueza é uma grande fonte de ganhos econômicos futuros e, cada vez mais, de poder e influência, isto é um presságio para aumentos adicionais da desigualdade”, escreveram eles sobre o que classificaram como uma “concentração extrema de poder econômico nas mãos de uma minoria muito pequena dos super-ricos”.

As conclusões corroboram uma série de estudos existentes, “listas de ricos” e outros indícios que apontam para um aumento das desigualdades em questões de saúde, sociais, de gênero e de raça durante a pandemia.

Ômicron –Ontem, a Casa Branca se manifestou sobre a nova variante da Covid-19,. As evidências preliminares indicam que a Ômicron provavelmente tem um grau mais alto de transmissibilidade, mas é menos grave, disse o principal especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci.

Embora mais dados sejam necessários, os primeiros casos de Ômicron parecem exigir menos hospitalizações e os pacientes têm menos probabilidade de precisar de oxigênio, disse Fauci a repórteres em entrevista na Casa Branca.

Mais dados são esperados na próxima semana, disse Fauci, mas levará algumas semanas para se chegar a conclusões definitivas.

Os Estados Unidos estão reavaliando continuamente as restrições de viagem que impôs a alguns países do sul da África quando a Ômicron foi detectada inicialmente, mas elas permanecerão em vigor por um “período de tempo razoável”, disse o coordenador da resposta da Casa Branca para a Covid-19, Jeff Zients, na entrevista.

Zients disse que os Estados Unidos administraram 12,5 milhões de doses de vacinas na última semana, o maior número de vacinas em uma semana desde maio, das quais cerca de 7 milhões foram doses de reforço.

Lockdown na Áustria -Os não vacinados permanecerão confinados quando a Áustria suspender seu lockdown generalizado no domingo, confirmou ontem o chanceler Karl Nehammer, um dia após assumir o cargo.

A Áustria entrou em lockdown há duas semanas para conter um aumento nas infecções diárias por Covid-19 a níveis recordes, com restaurantes, bares, teatros e lojas não essenciais sendo fechados para todos, exceto comércios de “pegar e levar”. Hotéis estão fechados para turistas. As infecções caíram desde então, mas a ocupação de unidades de terapia intensiva ainda está em alta.

“O lockdown para os não vacinados continua”, disse Nehammer em coletiva de imprensa, ao confirmar que o lockdown mais amplo será suspenso no domingo, conforme planejado.

No entanto, os detalhes ainda precisam ser acertados na reunião de quarta-feira entre o governo e governadores influentes das nove províncias da Áustria.

“Para todos os não vacinados que estão sofrendo pelo fato de permanecerem presos, há uma oferta clara: vocês podem sair disso se aproveitarem a chance de se vacinar”, disse Nehammer.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas