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Preço do petróleo pode cair

Preço do petróleo pode cair
Crédito: Nick Oxford/ Reuters

Tóquio – Autoridades japonesas e indianas estão trabalhando em maneiras de liberar de reservas nacionais de petróleo em conjunto com os Estados Unidos e outras grandes economias para reduzir os preços, disseram à Reuters sete fontes do governo com conhecimento dos planos.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu à China, Índia, Coréia do Sul e Japão uma liberação coordenada de reservas de petróleo, à medida que os preços da gasolina dos EUA sobem e os índices de aprovação de Biden despencam antes das eleições legislativas do próximo ano.

O pedido veio depois que o governo dos EUA não conseguiu persuadir a Opep+ a bombear mais petróleo, com grandes produtores argumentando que o mundo não tinha falta de petróleo.

O primeiro-ministro Fumio Kishida sinalizou no fim de semana que está pronto para liberar as reservas.

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Três fontes do governo indiano disseram ontem que estavam mantendo consultas com os Estados Unidos sobre a liberação de petróleo de reservas estratégicas.

O Japão, o quarto maior comprador de petróleo do mundo, tem restrições sobre como pode agir com suas reservas – compostas por estoques privados e públicos – que normalmente só podem ser usadas em tempos de escassez.

Uma fonte japonesa disse que o governo está planejando liberar parte dos estoques controlados pelo Estado fora do valor mínimo exigido como uma solução legal.

Autoridades japonesas também estão analisando os estoques privados que fazem parte da reserva nacional, os quais alguns assessores argumentam que podem ser liberados sem restrições, afirmou uma segunda fonte.

“Não temos escolha a não ser buscar algo”, após um pedido dos Estados Unidos, disse uma terceira fonte à Reuters. Todas as fontes não quiseram ser identificadas porque o plano não foi divulgado.

O secretário-chefe de gabinete, Hirokazu Matsuno, disse ontem que nada foi decidido, enquanto Kishida afirmou no sábado que o governo estava considerando o que poderia fazer legalmente.

Garantia para 145 dias -A reserva de petróleo do Japão era suficiente para 145 dias de consumo diário ao final de setembro, de acordo com dados oficiais, bem acima do mínimo de 90 dias exigido por lei.

As empresas privadas japonesas, incluindo refinarias, detêm cerca de 175 milhões de barris de petróleo e derivados como parte da Reserva Estratégica de Petróleo (SPR), o suficiente para o consumo de cerca de 90 dias, de acordo com a agência estatal Jogmec, que administra o SPR e lida com as liberações.

As reservas das empresas petrolíferas do Japão foram exploradas durante a Guerra do Golfo de 1991 e após os desastres do terremoto e tsunami de 2011. A parcela do Estado na SPR nunca foi usada e o Japão tem um nível “absurdo” de estoque de petróleo em mãos, segundo Fereidun Fesharaki, presidente da Facts Global Energy.

A Índia detém cerca de 26,5 milhões de barris de petróleo como reserva estratégica.

Vendas de moradias usadas crescem nos Estados Unidos

Washington – As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos subiram inesperadamente em outubro, mas os preços mais altos em meio à oferta restrita continuam como um desafio aos compradores de primeira viagem.

As vendas de moradias usadas avançaram 0,8% no mês passado, para uma taxa de 6,34 milhões de unidades em dado ajustado sazonalmente, informou ontem a Associação Nacional de Corretores.

Economistas consultados pela Reuters projetavam queda das vendas para 6,20 milhões de unidades. As vendas aumentaram na região mais acessível do Meio-Oeste e no densamente povoado Sul norte-americano, mas caíram no Nordeste e ficaram inalteradas em relação ao mês anterior no Oeste, que é a região mais cara dos EUA.

As revendas de moradias, que respondem pela maior parte das vendas de casas nos Estados Unidos, caíram 5,8% em comparação com o mesmo período no ano anterior.

As vendas dispararam durante o verão do ano passado no Hemisfério Norte em meio a um êxodo de áreas centrais de cidades para os subúrbios e outras regiões de baixa densidade, à medida que os norte-americanos buscavam acomodações mais espaçosas para trabalho e ensino remotos durante a pandemia de Covid-19.

Com a vacinação permitindo que trabalhadores retornem aos escritórios e que escolas sejam reabertas para aulas presenciais, a busca impulsionada pela pandemia diminuiu. Embora as vendas tenham caído de um pico de 6,73 milhões de unidades em outubro de 2020, a demanda por habitação permanece forte e continua esbarrando em uma oferta modesta.

O preço médio de uma moradia usada aumentou 13,1% em relação a um ano antes, para US$ 353.900 em outubro. Havia 1,25 milhão de casas usadas no mercado no mês passado, queda de 12% em relação ao ano anterior.

Dados do governo dos EUA divulgados na semana passada mostraram declínio acentuado na construção de moradias unifamiliares em outubro e o maior saldo de residências pendentes de construção em 15 anos devido à escassez de materiais e mão de obra. Isso pode ampliar os estoques de moradias quando as restrições de oferta diminuírem.

No ritmo de vendas de outubro, o estoque atual levaria 2,4 meses para se esgotar, abaixo dos 2,5 meses de um ano atrás. Um período de seis a sete meses é visto como um equilíbrio saudável entre oferta e demanda. Os compradores de primeira viagem representaram 29% das vendas no mês passado, ante 32% um ano atrás.

Powell fica no Fed -A escolha de Jerome Powell pelo presidente norte-americano, Joe Biden, para continuar como chair do Federal Reserve, anunciada ontem, dá a investidores globais estabilidade e alguma previsibilidade enquanto o banco central se prepara para reduzir suas compras de ativos e começar a aumentar a taxa de juros.

Muitos investidores esperavam que Powell, indicado como líder do Fed pelo ex-presidente Donald Trump em 2017, seria renomeado por Biden para outro mandato de quatro anos.

Ontem, Biden indicou Powell para um segundo período de quatro anos, com Lael Brainard, integrante da diretoria do Federal Reserve e a outra candidata principal para o cargo, como vice-chair.

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