Regulador avalia que gigantes da tecnologia detêm controle

Londres – Google e Apple controlam como as pessoas usam telefones celulares, eliminando qualquer escolha significativa do sistema e potencialmente aumentando os custos, disse o regulador de concorrência da Grã-Bretanha ontem.
A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) disse que descobriu que as duas companhias foram capazes de alavancar seu poder de mercado para criar ecossistemas autossuficientes.
O regulador disse que avaliaria suas descobertas iniciais e que buscaria respostas até 7 de fevereiro, com expectativa de emitir um relatório final em junho.
“Apple e Google desenvolveram um controle semelhante ao de como usamos os telefones celulares e receamos que isso esteja causando prejuízos a milhões de pessoas em todo o Reino Unido”, disse o presidente-executivo da CMA, Andrea Coscelli.
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Chris Philp, o ministro de tecnologia e economia digital, disse que o “novo regime pró-concorrência” da Grã-Bretanha nivelaria o campo de jogo entre os gigantes da tecnologia e as pequenas empresas.
A Apple diz que seus ecossistemas fornecem segurança e privacidade, permitindo que as empresas vendam produtos e criem empregos. “A Apple acredita em mercados prósperos e dinâmicos onde a inovação pode florescer”, disse o documento.
O Google disse que o Android oferece às pessoas mais opções do que qualquer plataforma móvel para decidir quais aplicativos e lojas de aplicativos usarão. E acrescentou que seu ecossistema sustentou quase 250 mil empregos na Grã-Bretanha e, como resultado das mudanças recentes, 99% dos desenvolvedores se qualificaram para uma taxa de serviço de 15% ou menos.
O relatório do CMA apresentou uma série de opções, incluindo tornar mais fácil para os usuários alternar entre os telefones iOS da Apple e Android do Google sem perder funcionalidade ou dados. O órgão está analisando se os usuários podem instalar aplicativos por métodos diferentes da App Store da Apple ou da Play Store do Google.
Oppo desenvolve chip com foco em qualidade da imagem
Xangai – A fabricante chinesa de smartphones Oppo revelou ontem um chip desenvolvido pela companhia e focado em aprimoramento de imagens para fotos e vídeos feitos por smartphones.
O chip, chamado MariSilicon X, é uma unidade de processamento neural (NPU) e será fabricado usando a tecnologia de processo de 6 nanômetros da TSMC. O produto será instalado na próxima série de smartphones Find X da empresa, prevista para chegar ao mercado no início de 2022.
A Oppo é uma das principais marcas de telefones celulares da China, ocupando 21% do mercado doméstico no terceiro trimestre, de acordo com a empresa de pesquisas Canalys. A empresa é controlada pela BBK Electronics, que também é dona da Vivo, outra importante marca chinesa de smartphones.
As duas empresas competem por clientes, mas têm uma cadeia de suprimentos sobreposta e estão investindo pesado no setor de chips. Além do MariSilicon X, a Oppo também desenvolveu um chip de gerenciamento de energia instalado em alguns de seus carregadores.
Em setembro, a Vivo anunciou que havia desenvolvido um chip processador de sinal de imagem (ISP) que vai utilizar em seus telefones.
As sanções dos Estados Unidos contra a chinesa Huawei impediram a empresa de terceirizar os principais componentes de seus produtos. As medidas paralisaram a divisão de smartphones da empresa, bem como a unidade interna de chips HiSilicon, que já foi a única fabricante chinesa a desenvolver processadores para smartphones que poderiam rivalizar com os da Qualcomm. (Reuters)
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