Internacional

Com postagem de Trump, confira a repercussão internacional da morte do papa

Presidente e vice dos Estados Unidos foram algumas das personalidades políticas que se manifestaram sobre o falecimento do pontífice
Com postagem de Trump, confira a repercussão internacional da morte do papa
Crédito: Reprodução Instagram Oficial Javier Milei

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prestou condolências ao papa Francisco, em mensagem bem curta divulgada na rede Truth Social. “Descanse em paz, papa Francisco! Que Deus o abençoe e aos que o amavam”, escreveu o republicano.

Mais cedo, o vice-presidente norte-americano, JD Vance, também comentou sobre a morte do pontífice, relembrando seu encontro com o papa Francisco no domingo para “trocar saudações de Páscoa”.

Francisco morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, segundo informações do Vaticano.

JD Vance diz que seu ‘coração está com milhões de cristãos ao redor do mundo’ que amavam o papa

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, que esteve no domingo, 20, com o papa Francisco no Vaticano, publicou nesta segunda-feira, 21, no X sobre a morte do pontífice. “Acabei de saber do falecimento do Papa Francisco. Meu coração está com os milhões de cristãos ao redor do mundo que o amavam. Fiquei feliz por tê-lo visto ontem, embora ele estivesse obviamente muito doente. Mas sempre me lembrarei dele pela homilia que ele fez nos primeiros dias da COVID. Foi realmente muito bonita. Que Deus descanse sua alma.”

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O papa e Vance se encontraram por alguns minutos no domingo na Domus Santa Marta “para trocar saudações de Páscoa”.

Ambos se envolveram em uma discussão à distância sobre os planos de deportação de imigrantes em massa do governo Trump. Poucos dias antes de ser hospitalizado em fevereiro, Francisco criticou duramente os planos de deportação do governo Trump, alertando que eles privariam os imigrantes de sua dignidade inerente. Em uma carta aos bispos dos Estados Unidos, o papa também pareceu responder diretamente a Vance por ter afirmado que a doutrina católica justifica tais políticas.

Vance reconheceu as críticas de Francisco, mas disse que continuará defendendo suas opiniões. O vice-presidente norte-americano, que se converteu ao catolicismo em 2019, também se encontrou com o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, e o ministro das Relações Exteriores, Arcebispo Paul Gallagher, no domingo.

Presidentes da Argentina e da França lamentam a morte e falam do legado do papa Francisco

O presidente da Argentina, Javier Milei, escreveu nesta segunda-feira, 21, em post na rede X que recebeu com “profunda dor” a notícia da morte do papa Francisco. “Apesar de diferenças que hoje parecem menores, ter podido conhecê-lo em sua bondade e sabedoria foi uma verdadeira honra para mim. Como Presidente, como argentino e, fundamentalmente, como um homem de fé, despeço-me do Santo Padre e me solidarizo com todos que hoje recebem essa triste notícia.”

Já o presidente da França, Emmanuel Macron, lamentou na mesma rede pelo falecimento do pontífice. “De Buenos Aires a Roma, o Papa Francisco queria que a Igreja levasse alegria e esperança aos mais pobres. Que unisse os seres humanos entre si e com a natureza. Que essa esperança possa ressuscitar perpetuamente além dele.”

Líderes árabes destacam legado de paz e diálogo do papa Francisco

Diversos líderes do mundo árabe recorreram à rede social X para se manifestar sobre o legado do papa Francisco, que faleceu nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos. O presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, expressou seu pesar: “O Papa Francisco foi uma voz de paz, amor e compaixão.” As declarações foram divulgadas na plataforma X e no portal Arab News.

O xeque Mohamed bin Zayed, presidente dos Emirados Árabes Unidos, destacou o empenho do pontífice em promover valores de convivência e respeito mútuo. “Estendo minhas mais profundas condolências aos católicos de todo o mundo pelo falecimento do Papa Francisco, que dedicou sua vida a promover os princípios da convivência pacífica e da compreensão mútua. Que ele descanse em paz”, afirmou, também pela rede X.

O primeiro-ministro dos Emirados, xeque Mohammed bin Rashid Al-Maktoum, ressaltou a liderança e o impacto humano do papa, reconhecendo seu papel conciliador. Em nota publicada na plataforma, declarou: “Seu legado de humildade e unidade inter-religiosa continuará a inspirar muitas comunidades ao redor do mundo.”

Pelo mesmo canal, o rei Abdullah II da Jordânia também se pronunciou: “Minhas mais profundas condolências aos nossos irmãos e irmãs cristãos ao redor do mundo. O Papa Francisco foi admirado por todos como o Papa do Povo. Ele uniu pessoas, liderando com gentileza, humildade e compaixão. Seu legado viverá em seus bons feitos e ensinamentos.”

No Líbano, o presidente cristão Joseph Aoun lamentou publicamente a partida de Francisco, a quem descreveu como “amigo querido e forte apoiador” de seu país, marcado por uma convivência inter-religiosa complexa. “Nunca esqueceremos seus repetidos apelos para proteger o Líbano e preservar sua identidade e diversidade”, disse Aoun.

Em nota divulgada pela conta oficial da presidência na rede X, classificou a morte do pontífice como “uma perda para toda a humanidade, pois ele foi uma poderosa voz por justiça e paz”, e defensor do “diálogo entre religiões e culturas”.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, também prestou homenagem ao papa, conforme noticiado pela agência oficial Wafa. Chamou-o de “amigo fiel do povo palestino” e afirmou: “Hoje, perdemos um amigo fiel do povo palestino e de seus direitos legítimos”. Abbas lembrou ainda que o papa Francisco “reconheceu o Estado Palestino e autorizou o hasteamento da bandeira palestina no Vaticano”.

O Irã, por sua vez, também divulgou condolências oficiais.

Já o presidente de Israel, Isaac Herzog, exaltou as qualidades humanas e espirituais do pontífice: “Um homem de fé profunda e compaixão sem limites.”

Papa Francisco foi o primeiro pontífice da história a celebrar uma missa em solo do Oriente Médio – nos Emirados Árabes Unidos, em 2019 – e se destacou por estabelecer uma nova dinâmica nas relações com o mundo islâmico, incluindo visitas emblemáticas à Península Arábica e ao Iraque.

Reportagem distribuída pela Estadão Conteúdo

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