UE quer barrar quem desmata

Londres e Bruxelas – A Comissão Europeia propôs uma lei ontem com o objetivo de impedir a importação de commodities ligadas ao desmatamento, exigindo que as empresas provem que suas cadeias de oferta globais não estão contribuindo para a destruição das florestas. O não cumprimento pode resultar em multas de até 4% do faturamento de uma empresa em um país da UE.
A lei proposta pelo órgão executivo da União Europeia estabelece regras obrigatórias a importadores de soja, carne bovina, óleo de palma, madeira, cacau e café, e alguns produtos derivados, incluindo couro, chocolate e móveis.
Muitas empresas europeias operam em países onde os abusos ambientais são comuns, mas atualmente não há nenhuma exigência em toda a UE para que eles corrijam eventuais problemas para o meio ambiente em suas cadeias de oferta globais.
As emissões do setor de uso da terra, muitas das quais são causadas pelo desmatamento, são a segunda maior causa das mudanças climáticas depois da queima de combustíveis fósseis, e os líderes mundiais concordaram na COP26 deste mês em acabar com o desmatamento até 2030.
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Se a lei for aprovada pelos governos da UE e pelo Parlamento Europeu, as empresas que operam nos 27 países da UE terão de mostrar que as mercadorias especificadas foram produzidas de acordo com as leis do país produtor.
Inflação – A inflação da zona do euro saltou para mais do que o dobro da meta do Banco Central Europeu em outubro, confirmou nesta quarta-feira a agência de estatísticas da União Europeia, com mais da metade do avanço devendo-se ao aumento nos preços da energia.
A Eurostat informou que a inflação nos 19 países que usam o euro foi de 0,8% em outubro sobre o mês anterior, alcançando 4,1% na base anual, em linha com estimativa anterior da Eurostat.
O BCE quer manter a inflação em 2% no médio prazo e disse que o aumento dos preços é temporário. O banco espera que a alta dos preços desacelere durante 2022, mas admitiu que levará mais tempo do que o inicialmente esperado.
Os preços mais caros de energia contribuíram com 2,21 pontos percentuais para a taxa anual, enquanto os serviços somaram 0,86 ponto e alimento, álcool e tabaco acrescentaram 0,43 ponto. Produtos industriais excluindo energia contribuíram com 0,55 ponto, disse a Eurostat.
Sem os voláteis preços de energia e alimentos não processados, medida que o BCE chama de núcleo da inflação, os preços subiram 0,3% no mês e 2,1% no ano.
Com a inflação disparando, o BCE está sob forte pressão para abandonar sua política monetária ultraflexível e combater o aumento dos preços que está afetando o poder de compra das famílias.
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