Abertura de empresas sobe 9,9% em MG

O número de empresas abertas em Minas Gerais no primeiro semestre deste ano chegou a 42.843, crescimento de 9,9% em relação ao volume registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 38.988 novos negócios. Os dados constam do balanço semestral divulgado ontem pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg).

Conforme o levantamento, todas as regiões do Estado registraram incremento na abertura de empresas no acumulado do ano na comparação com o primeiro semestre de 2022. O aumento mais expressivo foi verificado na região Jequitinhonha/Mucuri, com elevação de 22,54%, seguida do Norte de Minas (16,17%), Triângulo Mineiro (14,05%), Central (10,51%) e Sul de Minas (10,40%). Uma alta abaixo de 10% foi apuradanas regiões do Alto Paranaíba (7,14%), Noroeste (7,04%), Rio Doce (5,56%), Centro-Oeste (4,34%) e Zona da Mata (3,19%). 

No que se refere aos encerramentos, o primeiro semestre deste ano apresentou um total de 25.197 registros baixados no Estado, contra um total de 23.399 no mesmo período de 2022, alta de 7,68%. 

O presidente da Jucemg, Bruno Falci, destaca que mais uma vez foi verificado um saldo positivo para Minas Gerais. O resultado foi de 17.646 empreendimentos, mostrando que foram abertos mais negócios do que extintos. “Na nossa avaliação, esses dados mostram que Minas Gerais se fortalece como um Estado atraente para a instalação de empresas. Em Minas, a palavra de ordem é desburocratizar, facilitar a vida do empreendedor”, ressalta.

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Para o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Estácio Venda Nova, Alisson Batista, os dados de abertura de empresas em Minas confirmam que o ambiente no Estado é favorável para novos negócios. E o resultado pode ser melhor se houver a redução da taxa básica de juros, a Selic, que está em 13,75% ao ano.

O atual patamar dos juros é criticado por representantes de vários segmentos como entrave ao acesso ao crédito, logo, ao consumo, em especial, de produtos de maior agregado, além de desestimular os investimentos do setor produtivo.

Municípios

O balanço semestral da Jucemg também informa o volume de empresas abertas por município, com a capital mineira na primeira posição, com 10.871 novas empresas constituídas no período, seguida por Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 2.502 constituições. Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ocupou a terceira posição, com 1.551 empresas abertas, seguida por Juiz de Fora (1.088), na Zona da Mata, e por Montes Claros (1.007), no Norte de Minas.

Outro destaque foi Uberaba (857), no Triângulo Mineiro, e Betim (706), na RMBH. No Vale do Rio Doce, desempenho relevante foi o de Governador Valadares (593) e no Centro-Oeste, em Divinópolis (589). No Alto Paranaíba, Patos de Minas contabilizou 537 novos empreendimentos.

Analisado isoladamente, junho também apresentou alta em relação ao mesmo mês de 2022. Foram 7.290 constituições em junho deste ano, em todo o Estado, contra 6.850 em junho do exercício passado, um avanço de 6,42%. No mês passado, o balanço aponta que houve 4.115 encerramentos, contra 3.995 em igual período do ano passado, o que representa uma elevação de 3%. 

O balanço da Jucemg considera empresas de qualquer porte, com exceção dos microempreendedores individuais (MEIs), cujas inscrições são realizadas diretamente no Portal do Empreendedor do governo federal, sem passar pelas juntas comerciais estaduais.  

A divulgação do balanço semestral de registros mercantis coincide com o aniversário exato de 130 anos da Jucemg, instituída em 5 de julho de 1893. A autarquia é mais antiga que Belo Horizonte, criada em 12 de dezembro de 1897. A primeira sede foi em Ouro Preto, capital do Estado à época.

Em 1901, a instituição foi transferida para Belo Horizonte, onde passou por sete endereços diferentes até o funcionamento na sede atual, na avenida Augusto de Lima, no Barro Preto, na região Centro-Sul.