MME diz que houve aumento indevido no preço da gasolina em MG e cobra fiscalização

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou nesta terça-feira (8), que os órgãos de fiscalização atuem contra o aumento indevido no preço da gasolina em Minas Gerais e no Distrito Federal. Um estudo realizado pela pasta indicou que os postos não repassaram a redução do preço de R$ 0,17 por litro anunciada pela Petrobras para os consumidores.
Na contramão do esperado, a pesquisa indicou que o combustível ficou mais caro. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), os preços nas bombas subiram até R$ 0,40 em Belo Horizonte e R$ 0,50 no Distrito Federal. O aumento é considerado sem justificativa técnica e pode indicar infração à ordem econômica.
A nota informativa destaca que ambos os estados são abastecidos majoritariamente por refinarias da própria Petrobras, o que reforça a necessidade de apuração. Em Minas, levantamento do site Mercado Mineiro revelou que o litro da gasolina chegou a R$ 6,79 em Belo Horizonte, com alta média de 6,46% ao longo de junho. No Distrito Federal, postos passaram a cobrar até R$ 6,89 no dia 3 de julho.
A justificativa apresentada por sindicatos patronais nos dois estados — como o aumento no preço do etanol anidro e a manutenção programada no duto de Paulínia — foi considerada insuficiente pelo ministério. Segundo o documento, o impacto real do etanol seria de apenas R$ 0,05 por litro, e a paralisação no duto não comprometeu o abastecimento.
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Ao Diário do Comércio, o Minaspetro informou que a cadeia produtora de combustíveis é complexa e composta de diversos elos, dentre eles distribuição, produção de etanol e frete, além do Estado brasileiro, que arrecada R$ 2,17 por litro da gasolina. “Culpar a ponta final, os postos, é isentar os demais atores de responsabilidade sobre a formação final dos preços e enganar a população sobre quem realmente se beneficia com o alto valor da bomba”, comentou o sindicato em nota.
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