PF deflagra nova fase da operação contra fraudes do INSS em Minas e outros 14 estados; entenda o esquema
A Polícia Federal (PF), com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quinta-feira (13) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura fraudes em descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. As ações incluem o cumprimento de mandados em Minas Gerais e em outros 14 estados, além do Distrito Federal.
De acordo com a PF, são cumpridos 63 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.
Os investigados são suspeitos de participação em um esquema nacional de descontos indevidos aplicados em benefícios previdenciários. Dessa forma, as investigações apuram a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação de patrimônio.
Segundo a PF e a CGU, o esquema começou em 2019 e foi descoberto no início de 2025. Desde então, o governo federal bloqueou as cobranças, iniciou o rastreamento das contas suspeitas e deu início ao processo de ressarcimento dos valores a aposentados e pensionistas.
O objetivo da operação é responsabilizar os envolvidos e recuperar os valores desviados. Caso os recursos recuperados não sejam suficientes, o Governo informou que fará a reposição da diferença aos beneficiários.
Contestação de descontos indevidos
O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, informou que o prazo para aposentados e pensionistas contestarem descontos indevidos foi prorrogado até 14 de fevereiro de 2026. “O presidente Lula recomendou que nós não deixássemos ninguém no prejuízo, ninguém ficasse para trás. O governo federal quer devolver o dinheiro que foi roubado de vocês”, afirmou o ministro em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O Ministério da Previdência estima que cerca de 3 milhões de pessoas ainda não procuraram o INSS para solicitar a devolução dos valores. O procedimento pode ser feito diretamente pelo portal ou aplicativo Meu INSS.
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