Legislação

PL que prevê redução de faixas no Anel Rodoviário avança na CMBH

Projeto do Executivo flexibiliza recuos ao longo das rodovias para estimular vitalidade urbana
PL que prevê redução de faixas no Anel Rodoviário avança na CMBH
Foto: Reprodução/ Site PBH

O Projeto de Lei (PL) 400/2025, que propõe reduzir as faixas não edificáveis ao longo das rodovias em Belo Horizonte, foi aprovado em segundo turno pela Comissão de Legislação e Justiça da Câmara Municipal (CMBH) nessa quarta-feira (16).

De autoria do Executivo, o PL estabelece que a reserva de faixa não edificável, hoje fixada em 15 metros, seja reduzida para cinco metros. A justificativa é flexibilizar o recuo como forma de contribuir para a promoção da vitalidade urbana.

“Os atuais 15 metros previstos na legislação federal se mostram uma exigência não compatível com o caráter que se pretende conferir às ruas do município, espaços voltados para a promoção da vitalidade urbana para além da mera circulação de veículos”, defende o Executivo.

Na Comissão de Legislação, o projeto avançou em segundo turno com um substitutivo que prevê que, “na redução de trechos em áreas de ocupação predominantemente residencial, poderão ser implantados sistemas de sinalização e segurança viária, com atenção especial ao pedestre”.

Outro ponto estabelece o direito de permanência de edificações existentes e consolidadas até 26 de novembro de 2019, “além de respeitar as características urbanas locais e os interesses coletivo e público, quando assim se manifestarem”. O relatório foi apresentado pelo vereador Uner Augusto (PL).

O PL 400/2025 prevê ainda que a redução ficará condicionada à apreciação do Conselho Municipal de Política Urbana (Compur), que avaliará cada caso.

Municipalização do Anel Rodoviário

Em reunião realizada na CMBH no início de setembro para debater a proposta, a vereadora Luiza Dulci (PT) ponderou sobre uma possível municipalização do Anel Rodoviário. “Embora não esteja explícito no projeto, é possível entender que ele tem relação com a municipalização do Anel”, destacou.

A parlamentar considera que o projeto trará alterações de grande complexidade e solicitou à Prefeitura de Belo Horizonte um estudo detalhado sobre os possíveis impactos.

“É preciso saber qual será o impacto dessa medida na circulação dos veículos, na instalação de áreas de escape, nas áreas de preservação ambiental e quais intervenções estão previstas para a integração do Anel ao tecido urbano”, disse.

O projeto segue agora para avaliação das comissões temáticas em segundo turno.

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