Trabalhadores da Copasa anunciam greve do dia 21 ao 23 de outubro

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Minas Gerais (Sindágua) informou, nesta terça-feira (14), que a classe planeja realizar uma greve dos dias 21 a 23 de outubro. A paralisação acontece para pressionar contra a aprovação da PEC 24/2023, que retira a obrigatoriedade de refendo para definição sobre a venda de empresas estatais.
No comunicado, o sindicato defendeu que o “saneamento é um direito de responsabilidade pública e social” e que é contra a tentativa de privatizar a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). “Trabalhadores estarão com os braços cruzados em todo o Estado de Minas Gerais lutando pelo direito do referendo popular. Pelo nosso direito de decidir se a Copasa deve ser ou não privatizada”, anunciou o presidente do Sindágua, Eduardo Pereira, nas redes sociais.
Além da paralisação, o sindicato convocou os trabalhadores da Copasa que atuam na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) a participarem de uma manifestação no dia 21 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Já no dia 22, todos os funcionários da empresa das regiões interioranas foram convocados para protestar nas sedes da Copasa distribuídas pelo Estado. No dia 23 de outubro, a previsão é de continuidade nas manifestações.
Procurada pelo Diário do Comércio para comentar o assunto, a Copasa não se pronunciou até a publicação desta matéria.
Privatização da Copasa
Com o intuito de facilitar a privatização da Copasa, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/23, já foi aprovada pelas comissões do primeiro turno e, agora, está a espera de ser votada 1° turno no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Para ser aprovada, a medida ainda deverá passar pelas comissões deliberativas do 2° turno e ser votada no 2° turno do plenário e, depois, ser sancionada pelo governador Romeu Zema (Novo).
A venda da Copasa está sendo negociada neste ano, porque a medida faz pacote de medidas do Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag). Para que Minas Gerais consiga as melhores condições para a repactuação de sua dívida, é preciso abater pelo menos 20% do saldo devedor por meio de privatizações ou com a entrega de ativos à União.
Ouça a rádio de Minas