Legislação

Trio é preso por roubo de 120 toneladas de café avaliado em R$ 4 milhões no Norte de Minas

Crime ocorreu em Várzea da Palma e envolveu cerca de 15 assaltantes armados; veículos de alto valor e contas bancárias foram alvo de bloqueio judicial
Atualizado em 29 de julho de 2025 • 14:57
Trio é preso por roubo de 120 toneladas de café avaliado em R$ 4 milhões no Norte de Minas
Foto: Divulgação Polícia Civil de Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão a Crimes Rurais (Depatri), prendeu três suspeitos envolvidos em um roubo de 120 toneladas de café beneficiado, em Várzea da Palma, no Norte de Minas. A carga roubada está avaliada em aproximadamente R$ 4 milhões.

Dois dos suspeitos, um de 60 anos e outro de 35, foram presos no dia 22 deste mês, em Paracatu, na região Noroeste do Estado. Já o terceiro, de 41 anos, foi preso na última quinta-feira (24), em Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. Além disso, a PCMG cumpriu quatro mandados de busca e apreensão.

O crime aconteceu no dia 22 de junho deste ano e envolve uma organização criminosa especializada em ataques patrimoniais ao setor produtivo rural. De acordo com a Polícia Civil, cerca de 15 criminosos fortemente armados invadiram uma fazenda e fizeram oito funcionários reféns. Na ocasião, três carretas foram usadas para transportar, de forma clandestina, a carga roubada.

A dupla presa em Paracatu eram pai e filho. O investigado de 60 anos é suspeito de ter fornecido apoio logístico ao grupo criminoso. De acordo com o delegado que coordenou a operação, João Victor Leite, ele utilizava sua empresa de transporte para tentar dar aparência de legalidade ao deslocamento da carga.

Já o filho, de 35 anos, seria um dos indivíduos presentes na fazenda no momento do roubo e também estava envolvido diretamente na condução de uma das carretas apreendidas com o café. Quanto ao terceiro, de 41 anos, detido em Tupaciguara, ele é suspeito de ser o responsável pelo transporte de parte da carga e por atuar diretamente na ação criminosa.

Além das prisões, cerca de R$ 1,3 milhão foi bloqueado em contas bancárias vinculadas aos investigados, e aproximadamente 40 veículos, entre carretas, semirreboques e caminhonetes de alto valor, foram alvo de restrições judiciais. Os veículos estão avaliados em aproximadamente R$ 8 milhões, de acordo com o valor de mercado atual. O objetivo é garantir o ressarcimento dos prejuízos da vítima, conforme prevê a legislação processual penal.

Caminhão carregado de café apreendido.
Foto: Divulgação Polícia Civil de Minas Gerais

Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (29/7), o chefe do Depatri, delegado-geral Felipe Freitas, destacou o trabalho realizado pela Polícia Civil na repressão aos delitos ligados a atividades rurais. “A PCMG está com o projeto denominado Campo Seguro, e estamos intensificando o combate às ações de criminosos que têm praticado crimes no meio rural. Temos realizado diversas operações, inclusive no interior do Estado, especialmente nas regiões do Triângulo e do Sul de Minas”, ressaltou.

Já o delegado que coordenou a operação, João Victor Leite, disse que o crime ocorreu mediante emprego de violência. “Cerca de 15 criminosos fortemente armados, portando inclusive fuzis, invadiram a propriedade rural, renderam oito funcionários, cortaram a internet local e utilizaram drones e rádios HT para monitoramento e coordenação do roubo”, descreveu.

Conforme o delegado, parte do material subtraído foi recuperado durante as investigações. “Em menos de uma semana, 50 toneladas do café roubado foram recuperadas em Coromandel; e duas carretas usadas no crime, apreendidas”, revelou Leite.

A PCMG afirma que as investigações continuam com o objetivo de identificar outros integrantes da organização criminosa e desarticular completamente o grupo. A investigação foi realizada pela equipe da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão a Crimes Rurais do Depatri. Os trabalhos realizados na última semana tiveram apoio das equipes das Delegacias de Polícia Civil em Pirapora, Buritizeiro, Paracatu e Tupaciguara.

(Com informações da PCMG)

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