Água potável para 99% da população em 2033

Até o dia 31 de dezembro de 2033, 99% da população brasileira deverá ter água potável e 90% deverá ter coleta e tratamento de esgoto. Essas são algumas das metas estabelecidas em 2020 pelo novo Marco Legal do Saneamento Básico e destacadas pelo Movimento + Água do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil.
A apenas dez anos do prazo final, ainda são vários os desafios para que se alcance a universalização dos serviços no País. Em Minas Gerais, o cenário não é muito diferente, embora o Estado possua índices de saneamento acima da média nacional.
Atuando na distribuição de água em 620 municípios mineiros e com serviço de esgotamento sanitário em aproximadamente 300, está uma das maiores empresas do setor, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A estatal, inclusive, já atingiu a universalização da cobertura de água, porém, na coleta e tratamento de esgoto, ainda está em cerca de 75%.
Pensando em ampliar os números, a Copasa vai destinar R$ 8,13 bilhões, de um total de R$ 9,523 bilhões, para investimentos em água, esgoto e desenvolvimento empresarial entre este ano e 2027. De encontro à meta da universalização e do cumprimento do novo Marco Legal, um dos objetivos é atender regiões do Estado em que a companhia não atende. Este é considerado um dos grandes desafios para a empresa, que já vem criando ações para atingi-lo.
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“Historicamente, a Copasa entrava nos seus municípios e atuava dentro daquelas áreas mais fáceis de se atuar, seja na sede do município ou naqueles distritos com maior viabilidade econômica. Mas o novo Marco Legal não distingue mais área urbana de área rural ou se a localidade é pequena ou grande”, ressalta o diretor-presidente da Copasa, Guilherme Duarte.
“E desde o final do ano passado, nós empreendemos o programa Universaliza Minas dentro da Copasa. Iniciamos as intervenções agora no começo do ano e já temos alcançado algumas conquistas. O Universaliza é justamente a iniciativa da companhia de levar água tratada e esgotamento sanitário para pequenas localidades não atendidas ainda”, completa.
Segundo Duarte, essas pequenas localidades que a Copasa visa a atender são aquelas historicamente esquecidas, mal atendidas ou atendidas de forma ineficaz pelas prefeituras, nas quais as famílias não tinham acesso a uma água devidamente tratada, nem o esgotamento sanitário devido, impactando negativamente na saúde das pessoas e no meio ambiente.
“Então, hoje, das 620 concessões, já temos incluídos no programa 130 municípios que vão receber intervenções em mais de 200 localidades, chegando a mais de 200 mil pessoas, que nunca receberam o atendimento da companhia”, destaca.
Companhia sedia evento do Pacto Global
Esse e outros desafios, bem como essa e outras iniciativas, foram ressaltadas durante o evento “Desafios e Oportunidades para o Setor Empresarial no ODS 6 em Minas”, sediado pela Copasa na tarde de ontem (19). Foi o primeiro de uma série de encontros que o Pacto Global da ONU no Brasil fará pelo País, nos estados que possuem o Hub ODS instituído.
Além de Minas, escolhida para iniciar a jornada devido ao protagonismo da Copasa na participação no Movimento + Água, receberão o evento: Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná, Amazonas, Ceará e Pernambuco.
Estiveram presentes autoridades do setor empresarial do Estado e do País e representantes de órgãos públicos que conduzem projetos para avançar na agenda da segurança hídrica e do acesso ao saneamento, além do CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, Carlo Pereira.
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