Conheça campanha e ações preventivas que buscam reduzir danos das queimadas

O Brasil concentra 75,9% de toda a América do Sul das áreas afetadas pelo fogo, informa o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O aumento no número de focos se deu no bioma Cerrado, que ultrapassou a Amazônia nas frentes de fogo.
Para a diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e especialista em fogo, Ane Alencar, o avanço dos incêndios veio antecipado e deixa em alerta porque ainda não estamos no período crítico. “Não sabemos como serão os próximos meses. E fico preocupada como será depois de setembro. Estamos no segundo ano de El Niño, seguido de La Niña, passando pelo aquecimento global e a ação humana”, alerta. Para ela, a Amazônia, o Cerrado e muitas regiões protegidas onde habitam povos tradicionais têm sido devastados de forma atípica em uma das piores seca da história brasileira.
Para reduzir danos, a Ação da Cidadania lançou a campanha “Emergências”, que busca levar ajuda imediata às vítimas das secas e das queimadas. Nesse primeiro momento, estão sendo encaminhados alimentos, água mineral e purificadores de água para populações que vivem em áreas ribeirinhas e florestais das regiões amazônicas e cidades do Norte e Centro-Oeste, áreas severamente atingidas pelas queimadas e que sofrem pela falta de água potável.
Diretor-executivo da Ação da Cidadania, Rodrigo “Kiko” Afonso disse que é preciso uma ação rápida para reduzir danos diretos e indiretos das vítimas dos incêndios. “A sociedade civil pode fazer a diferença na vida de quem está sofrendo as consequências de uma das piores tragédias climáticas da história. Milhares de famílias que vivem da agricultura e da pesca estão em insegurança alimentar. Que a gente possa contar com a solidariedade da população mineira e também de empresas para vencer mais esse desafio”, alertou.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".

Afonso completa que as queimadas, além de matar e ferir, comprometem a vida de milhares de famílias que dependem dos recursos naturais e a produção de alimentos. Isso porque, depois do fogo, o solo, a fauna e a flora ficam comprometidos e deixam de ser fontes de subsistência de comunidades inteiras.
O diretor reforça que a mobilização da sociedade civil, somada às ações do governo, do Terceiro Setor e empresas, é força vital para enfrentar as tragédias decorrentes das mudanças climáticas. Kiko defende o papel das campanhas de conscientização e auxílio direto fundamentais para salvar vidas, proteger o meio ambiente e garantir um futuro sustentável.
Criada em 2021, a campanha “Emergências” já prestou assistência a inúmeras regiões do Brasil que enfrentam desastres naturais. Desde então, a Ação da Cidadania tem sido um canal essencial de apoio para comunidades em vulnerabilidade, priorizando a distribuição de doações para municípios do Rio Grande do Sul, Roraima, Acre, Maranhão, Tocantins, Pará, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas e Pernambuco.
As doações podem ser feitas através do site e pelo Pix: [email protected].
Ouça a rádio de Minas