Movimento Minas 2032

Depressão infantil compromete metas dos ODS

Tema ainda é tabu no mundo e exige atenção coordenada para garantir saúde mental de crianças e adolescentes
Depressão infantil compromete metas dos ODS
Crédito: Reprodução Pexels

Precisamos reconhecer: a depressão infantil é um problema global de saúde pública que exige atenção urgente e coordenada para garantir que as crianças de hoje possam crescer saudáveis e realizadas. Elas são o futuro da nossa sociedade. No entanto, o tema ainda é um tabu, o que impacta diretamente no tratamento adequado.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 3% das crianças entre 6 e 12 anos e 5% dos adolescentes de 13 a 18 anos sofrem de depressão em todo o mundo. Essa doença não afeta apenas suas vidas individuais, mas também compromete o alcance das metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A depressão infantil está diretamente relacionada ao ODS 3, Saúde e Bem-Estar, já que compromete a saúde mental das crianças e o desenvolvimento delas. Além disso, também impacta o ODS 4, Educação de Qualidade, ao prejudicar a aprendizagem e as taxas de conclusão escolar. O acesso desigual aos cuidados de saúde mental agrava ainda mais essas condições. Quando não tratada, a depressão pode perpetuar desigualdades, afetando o futuro dessas crianças de maneira irreversível, em linha com o ODS 10, Redução das Desigualdades.

Para avançarmos, é necessário fomentar campanhas informativas que combatam o estigma na sociedade, com o apoio essencial de escolas e famílias. Paralelamente, é crucial fortalecer os sistemas de saúde mental públicos voltados para essa faixa etária. Isso inclui a criação de mais Centros de Atenção Psicossocial (Caps) especializados no atendimento de crianças e adolescentes, além da capacitação de profissionais de saúde para diagnosticar e tratar a depressão infantil de forma eficaz.

Como veremos na reportagem a seguir, a depressão está presente em nossos lares e os desafios são muitos. No entanto, podemos tornar essa jornada menos sofrida se estivermos unidos na luta contra o preconceito, garantindo mais acesso a tratamentos adequados e promovendo um amplo debate sobre o bem-estar de nossas crianças.

Leia a reportagem: É preciso reconhecer como problema de saúde pública

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