Emater-MG faz adesão ao Pacto Global da ONU

Preservar e conservar o meio ambiente é condição primeira para que os efeitos das mudanças climáticas sejam, ao menos, mitigados. Para promover esse resultado é imprescindível o engajamento da sociedade como um todo e, por motivos óbvios, impossível sem o envolvimento do setor agrícola, dos produtores em escala até os de subsistência e familiares.
Imbuída dessa certeza, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) é a primeira empresa pública de assistência técnica e extensão rural do Brasil a aderir ao Pacto Global, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A adesão ao Pacto Global vai proporcionar à Emater ampliar as relações institucionais permitindo a troca de experiências, além da identificação de novos modelos de governança e oportunidades para a empresa. Ela também poderá participar de capacitações promovidas pela ONU em temas ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
De acordo com o presidente da Emater-MG, Otávio Maia, a estatal já possui alguns programas que se enquadram aos ODS, dentro do conceito ESG (Responsabilidade Socioambiental e Governança) como a geração de energia limpa e renovável em suas unidades, transparência e anticorrupção, segurança alimentar e hídrica no campo, Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), dentre outras ações.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
“O objetivo ao aderir ao Pacto Global é fortalecer e demonstrar ainda mais esse compromisso, que está na própria origem da Emater, de trabalhar visando um mundo mais equilibrado, que proteja o meio ambiente e as pessoas. Com a adesão, ampliamos nossas relações internacionais, com a preocupação com o conceito de ESG. Agora tem um grupo com a chancela da ONU que vai acompanhar as nossas ações. Nesse relacionamento é muito importante essa troca de experiências. Essa é uma preocupação direta do produtor rural. A sobrevivência da atividade depende do combate às mudanças climáticas. Além de ser também uma exigência de mercado, os consumidores premiam quem tem preocupação com o ambiente e também com o social. E mais recentemente, uma preocupação dos financiadores. Já existem linhas de financiamento para ações de agricultura de baixo carbono. E o crescimento do pagamento por serviços ambientais”, explica Maia.
Lançado em 2000, o Pacto Global é uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade.

Iniciativa
Quem integra o Pacto Global também assume a responsabilidade de contribuir para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Hoje, o Pacto Global é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil membros, entre empresas e organizações, em 160 países. A Rede Brasil do Pacto Global é a terceira maior rede do mundo, com mais de 1.100 membros.
“A partir de agora temos acesso a uma gama de capacitações da ONU e também devemos apresentar um plano de ação para a Organização. Com a apresentação dos projetos que executamos serão somadas novas ações e novos projetos serão criados. Tudo será monitorado pela equipe da ONU”, pontua.
Entre os 17 ODS, na opinião do executivo, os dois primeiros dizem respeito especialmente à Emater-MG:
1 – Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;
“Os ODS são muito conectados e, para trabalhar com um deles, é preciso pensar nos demais. Nos dois primeiros, porém, enxergamos a nossa missão institucional. Temos uma extrema preocupação com a segurança alimentar das famílias que atendemos. Só a partir daí que podemos caminhar para o estágio da prosperidade e progresso dessas famílias dentro da sua autonomia. O Brasil é um dos celeiros do mundo e Minas é um dos celeiros do Brasil. Temos uma responsabilidade muito grande na segurança alimentar do mundo. Pensando no tamanho e diversidade do nosso Estado essa missão ganha em importância. Temos muito a fazer, aprender e ensinar”, completa o presidente da Emater-MG.
Ouça a rádio de Minas