Felicidade é essencial para obter sucesso

O Instituto Movimento Pela Felicidade (IMF) realizou mais uma edição do evento Diálogos com a Felicidade, dessa vez com o tema “Governança: A boa gestão para a harmonia, paz e felicidade”. O evento antecede o 8º Seminário pela Felicidade e Bem-Estar: Global Meeting for Happiness, previsto para março.
O IMF tem em sua essência o estudo, sistematização e difusão de conhecimento da ciência da felicidade, e assume a missão de unir profissionais e empresas de todo o Brasil em torno do tema.
Para a mestre em liderança positiva, Adriana Prado, estamos entrando na era do “ser” em contraponto ao “ter”. E como em toda transição, a sociedade passa agora naturalmente por algum desafio, alguma dificuldade.
“Se eu tenho mais autoconhecimento, passo melhor por essas situações e isso tem tudo a ver com os negócios. Eles são feitos de pessoas e o que elas mais querem é ser felizes. Por isso, a felicidade é fundamental para o sucesso do negócio. Se a felicidade estiver na estratégia da empresa, vai ser mais fácil alcançar bons resultados. E para que isso seja possível, o papel do líder é fundamental. Ele é o guardião da governança. O responsável pela comunicação, o elo entre as regras estabelecidas pela empresa e as pessoas que lá trabalham. É o responsável por estar próximo delas e entender quais são os seus propósitos, desejos e valores. E também pela manutenção de um clima positivo na equipe, promovendo os bons relacionamentos, garantindo a segurança psicológica e a saúde mental das pessoas, que é um dos pilares da felicidade”, explicou Adriana Prado.
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Partindo do princípio de que a governança é a forma como o poder é exercido e como as decisões são tomadas nas instâncias pública e privada e também no nosso dia a dia, o diretor do IMF, Agostinho Marques, ressalta que a governança é importante para dar segurança às pessoas e instituições durante períodos de transição, sejam eles previstos ou não.
“Na gestão pública a governança é extremamente importante porque as falhas têm consequências negativas muito graves para as comunidades. Como a alternância de gestores, a governança impede que as pessoas fiquem à mercê dessas mudanças. Também garante que existam mecanismos capazes de identificar as grandes dores daquele ambiente e mantém um cuidado grande com o conflito de interesses. Hoje, na falta disso, vemos a sociedade se movimentando, como na tragédia das chuvas, por exemplo. Vemos as Ongs com papéis extremamente importantes. O ideal é que o gestor público convide essas partes interessadas a participar da gestão”, avaliou Marques.
Ancorado nos conhecimentos da neurociência, o fundador da Fair Job e conselheiro de empresas, Fernando Brancaccio, avaliou que a governança traz conforto ao cérebro ao organizar e deixar às claras necessidades, obrigações e processos.
“O cérebro adora uma regra e a governança dá esse conforto a ele porque organiza as relações do ponto de vista estrutural, deixando as pessoas mais tranquilas para fazer o trabalho delas. Felicidade não é viver o tempo todo alegre. Ela é a boa relação entre as nossas emoções primárias. Empresas e instituições precisam entender o que é a gestão emocional. Uma má gestão de um chefe faz com que a equipe adoeça e não produza. Dentro da composição do que é importante para a pessoa no trabalho, o primeiro é a relação de confiança entre as pessoas, não é o salário. A equipe precisa crer na chefia e na direção da empresa. Tem uma questão de bem-estar integral cada vez mais valorizada. Nos Estados Unidos acontece o fenômeno da ‘grande resignação’, quando a pessoa pede para sair. Nunca se viu tantas pessoas pedindo demissão. Esse movimento tende a ser mundial e não está ligado ao cenário econômico do país ou ao sistema de governo. Depois da pandemia, quando valorizamos mais a saúde, as pessoas estão pensando que podem receber menos fazendo algo com que se alinham mais, isso passa a contar”, pontuou Brancaccio.
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