Ferramenta de combate à pobreza aposta em autoconhecimento

Editado no Brasil pelo Instituto Polaris, “Quem é o dono da Pobreza” oferece uma abordagem diferente sobre a pobreza, propondo uma solução que ultrapassa a barreira do assistencialismo e coloca o indivíduo no centro a partir do autoconhecimento e da determinação das próprias metas. Assim, o combate à pobreza passa a ser uma construção comunitária e não mais uma ação imposta de cima pra baixo.
O autor, Martín Burt, é ex-prefeito da capital paraguaia, Assunção, e criador do método Semáforo de Eliminação da Pobreza. A ferramenta, disponível para empresas de qualquer porte ou setor, propõe a autoavaliação pelo colaborador do seu grau de pobreza. A partir do uso das cores: verde para não pobreza, amarelo para pobreza e vermelho para pobreza extrema e o uso de imagens ilustrativas e textos de fácil compreensão, o colaborador traça o seu “mapa de vida”, que vai definir e priorizar pontos que possa eliminar, paulatinamente, a sua situação de pobreza.
Essa avaliação é feita através de seis dimensões fundamentais:
- Renda e emprego
- Saúde e meio ambiente
- Habitação e infraestrutura
- Educação e cultura
- Organização e participação
- Interioridade e motivação
De acordo com a presidente do Instituto Polaris, Gigi Cavalieri, diferentemente do assistencialismo que limita o indivíduo a partir da visão do outro, o Semáforo propõe o empoderamento a partir do conhecimento não só das necessidades mas também das fortalezas de cada um.
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“Muitas vezes a empresa não conhece a realidade dos colaboradores e, mesmo querendo ajudar, não sabe muito bem o que fazer. O Semáforo permite, de maneira muito simples, que o indivíduo conheça as suas necessidades, escale prioridades e estipule prazos. Assim é muito mais fácil que a pessoa mensure a própria evolução e com metas factíveis, se mantenha estimulada. As pobrezas são muitas e o combate precisa ser diferente para cada caso”, explica Gigi Cavalieri.
No Brasil, o Instituto Polaris é o responsável pela disseminação do Semáforo. Ele vai até a empresa parceira, aplica a pesquisa com os funcionários e ao final cada participante recebe um resultado individual que mostra os indicadores.
Para o fundador do Instituto Polaris e presidente da União Internacional de Dirigentes Cristãos de Empresa (Uniapac Latino-Americana), Sérgio Cavalieri, a iniciativa é uma engrenagem de ganha-ganha, resultando em funcionários mais felizes e produtivos.
“São três metas para cada pessoa com o acompanhamento da empresa, numa espécie de mentoria, sem exigir um grande investimento. Uma questão que sempre aparece é a financeira. Então a empresa pode, por exemplo, fazer um ciclo de palestras. Para isso, ela pode buscar a parceria do Sebrae, de uma instituição financeira ou da universidade, por exemplo. Tudo isso já está disponível, é uma questão de oportunidade”, pontua Sérgio Cavalieri.
O Semáforo de Eliminação da Pobreza se relaciona com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente:
- Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares
- Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
- Objetivo 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos
- Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
E, nesse sentido, também se relaciona com o Movimento Minas 2032 – pela transformação global (MM2032). Liderado pelo Diário do Comércio, o MM 2032 propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos ODS, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015.
Para conhecer o método de combate à pobreza, a empresa pode entrar em contato com o Instituto Polaris por meio do site ou redes sociais.
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