Movimento Minas 2032

FDC mapeia startups com mais impacto social na América Latina

Fundação criou o selo ilmpact para premiar as práticas mais efetivas em gerar impacto positivo; iniciativa está alinhada ao MM2032
FDC mapeia startups com mais impacto social na América Latina
Crédito: FDC/Divulgação

A Fundação Dom Cabral (FDC) mapeou a atuação das startups de impacto na América Latina, com foco nas que integram preocupações sociais, ambientais e de inovação tecnológica. Em monitoramento feito com o Hub Innovation Latam, a pesquisa envolveu empresas que se alinham à Agenda 2030 da ONU e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), culminando na criação do selo ilmpact para premiar as práticas mais efetivas em gerar impacto positivo.

O estudo buscou detalhar a conexão entre os modelos de negócios das startups e os esforços globais em direção ao desenvolvimento sustentável. As categorias avaliadas foram as seguintes:

  • As startups agritechs possuem dedicação à eficiência e à sustentabilidade, com 86% delas adotando práticas para diminuir o desperdício de alimentos e de recursos naturais;
  • as greentechs estão focadas na preservação do meio ambiente, adotam em sua maioria medidas urgentes contra as mudanças climáticas. A maior parte delas está no Centro-Oeste, no Sudeste e no Norte do País;
  • as edutechs, voltadas aos serviços educacionais, têm o desafio de fornecer infraestrutura e recursos tecnológicos acessíveis às comunidades carentes. Aproximadamente 25% dessas empresas reportam receitas superiores a R$ 500 mil por ano, com outras 50% faturando entre R$ 50 mil e R$ 500 mil;
  • as socialtechs fomentam a diminuição das disparidades sociais, com acesso à saúde e à alimentação, melhorias habitacionais e a inclusão de imigrantes e a igualdade de gênero. No Brasil, encontram-se seis de cada dez socialtechs na América Latina, com 45% delas direcionando seus serviços principalmente a pequenas empresas em centros urbanos;
  • por último, as energytechs, que promovem a eficiência energética e a redução do uso de combustíveis fósseis.

A iniciativa está alinhada com o Movimento Minas 2032 (MM2032) – pela transformação global. Liderado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, o Movimento propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos ODS promovidos pela Organização das Nações Unidas.

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Startups atuam sem ajuda de agentes externos

O professor da FDC e líder do estudo, Fabian Salum explica que os empreendedores com o perfil do levantamento ainda enfrentam diversos desafios. “A falta de recursos de fomento, além da dificuldade de mensuração do impacto e da necessidade de desenvolvimento de gestão são os grandes desafios enfrentados pelas startups. Isso inerfere num entendimento mais amplo sobre suas atuações e realidades”, avalia o pesquisador.

Segundo ele, para dar prosseguimento à investigação e ao reconhecimento das startups de impacto, serão divulgados, em breve, os resultados das empresas aprovadas na primeira etapa da edição anual do selo ilmpact.

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