Movimento Minas 2032

Ramacrisna lança Relatório de Impacto ESG 2023

Documento valida as ações da OS
Ramacrisna lança Relatório de Impacto ESG 2023
Solange Bottaro: importância do relatório é ser um olhar de fora, de especialistas que estão validando as ações do Instituto | Crédito: Divulgação

Ao comemorar os seus 64 anos de existência, o Instituto Ramacrisna, organização social (OS)  sediada em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), lança a segunda edição do seu Relatório de Impacto ESG 2023.

O documento mostra o resultado de sua intervenção entre os anos de 2019 e 2022. O impacto social está relacionado à mudança proporcionada por uma organização no bem-estar de indivíduos ou comunidades, podendo refletir-se em impactos econômicos, sociais e ambientais. O relatório traz evidências desse impacto, ajuda a organização a refinar suas estratégias e torna-se um instrumento para obter resultados mais impactantes e de acordo com a agenda ESG.

De acordo com a vice-presidente do Instituto Ramacrisna, Solange Bottaro, realizar o segundo Relatório significa mais do que consolidar toda uma atuação pautada por ações de compliance, ética e de conduta, além de uma gestão criteriosa no uso dos recursos e prestação de contas impecáveis. O relatório é uma prestação de contas aos parceiros e à sociedade, compartilhando números, indicadores e impactos socioeconômicos obtidos junto ao público atendido.

“A importância do relatório é ser um olhar de fora, de especialistas que estão validando as ações e os resultados que alcançamos com o nosso trabalho. Então, qual o impacto real junto ao jovem assistido, a família e a comunidade.  Isso dá mais credibilidade ao Instituto Ramacrisna, uma perspectiva para as empresas que são parceiras, que querem participar do processo de transformação da sociedade com dados confiáveis que vão dizer a realidade dos impactos gerados pelo Instituto”, explica Solange Bottaro.

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O Instituto desenvolve projetos de aprendizagem, profissionalizantes, culturais, de geração de trabalho e renda, de tecnologia, de esporte e lazer, entre outros, para comunidades em situação de vulnerabilidade social de 13 cidades da região metropolitana. É referência em projetos de autossustentabilidade com o trabalho desenvolvido na fábrica de telas de arame. O lucro obtido com as vendas é destinado ao setor social do Ramacrisna, garantindo mais autonomia e uniformidade no atendimento às pessoas amparadas pelos projetos.

Segundo o relatório, para cada um real investido no aluno do curso profissionalizante oferecido pelo Instituto, R$ 6,81 retornam para a sociedade. Só em 2022 foram 56 turmas de 21 cursos, beneficiando 1.185 alunos. O custo médio por aluno é de R$ 425 e já são mais de 8 mil alunos capacitados desde 1995.

ESG

O Instituto Ramacrisna tem investido na compreensão de quais são os impactos ambientais, sociais e de governança gerados pela organização, bem como na gestão desses impactos para colaborar com uma sociedade mais justa e sustentável em todas as suas dimensões. 

Entre diversas ações no campo ambiental destacam-se: produção própria e limpa de 80% da energia consumida mensalmente. A meta é alcançar 90% do total; preservação de uma para de quatro hectares de mata de Cerrado junto à sede e tratamento de 100% dos efluentes através de biodigestores. O maior desafio é em relação à gestão de emissões de gases de efeito estufa (GEE).

No pilar social, a análise foi dividida em dois eixos: responsabilidade para com os colaboradores e ações sociais que são desenvolvidas pela organização. Mais de dois milhões de pessoas já passaram pela instituição desde a sua fundação.

No tópico atendimento direto, o número quase triplicou entre 2019 e 2022, passando de 7.642 para 21.683. Os atendimentos em parceria com a Prefeitura de Betim passaram de 79.354, para 82.487, no mesmo período. Nos últimos três anos, o  Instituto assistiu a comunidade com cestas básicas, cartão vale-refeição, voucher vale-gás, produtos de higiene, produtos de limpeza, livros e roupas e calçados.

Transparência e compromisso com a sustentabilidade sem perder de vista a missão de transformar a vida das pessoas é o cerne da governança do Instituto Ramacrisna, que investe permanentemente na profissionalização da gestão. Todo o recurso recebido é destinado à manutenção dos projetos sociais. Assim, o total de receitas é sempre igual ao de despesas. Esse valor subiu de R$ 24,6 milhões, em 2019, para R$ 53 milhões em 2022.

A composição da receita nos últimos quatro anos foi: 25,4% parcerias privadas, 45,7% parcerias públicas, 0,5% parcerias com organizações sociais, 2,3% doações, 26,1% receita própria.

Ultrapassando a marca de um quarto do total, a receita própria faz parte do princípio da autossustentabilidade que existe desde a fundação do Instituto. Para isso, foi fundada, em 1975, a Cercas Ramacrisna.

A fábrica também tem um sentido social: capacitar, gerar empregos e auxiliar todos os projetos desenvolvidos pela entidade. A média anual de contribuição da fábrica com as atividades sociais ultrapassa o valor de R$ 2,8 milhões. 25% do valor das vendas é revertido para ações do Instituto Ramacrisna e 3,9 mil atendimentos por ano são realizados com recursos da fábrica.

Segundo a CEO da Seall – empresa especializada em impacto e sustentabilidade, responsável pela elaboração do relatório –, Gabriela Ferolla, o Relatório de Impacto ESG é uma materialização do movimento institucional que se constitui em ativo para as organizações ampliarem a sua ação transformadora.

“Olhando para os dois ciclos conseguimos ver uma crescente relacionada ao impacto gerado no nível social, não só nos projetos que avaliamos, mantendo a crescente relacionada à sua transparência e robustez da governança corporativa. Olhando para o eixo econômico, temos o caminho da autossustentabilidade através da fábrica de telas que gera um suporte de perenidade para a organização, principalmente durante o período da pandemia, mas um destaque é a perspectiva ambiental para além da atividade-fim da Instituição”, completa a CEO da Seall.

MM2032

Ao realizar suas atividades em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados pela Organização das Nações Unidas  (ONU), em 2015, o Instituto Ramacrisna se alinha com o Movimento Minas 2032 (MM2032).

Liderado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, o  MM2032 propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos ODS.

Assim, o Instituto Ramacrisna se enquadra de maneira direta em, pelo menos, 10 ODS:

1.Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;

2.Fome Zero e agricultura sustentável;

3.Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos;

4.Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;

5.Energia limpa e acessível;

6.Promover o desenvolvimento sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos;

7.Indústria, inovação e infraestrutura;

8.Redução das desigualdades;

9.Paz, justiça e instituições eficazes;

10.Parcerias e meios de implementação.

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