Movimento Minas 2032

Seall ajuda MPEs a alinharem gestão à Agenda 2030

Seall ajuda MPEs a alinharem gestão à Agenda 2030
Queremos alcançar quem precisa ser integrado a esse processo, afirma Gabriela Ferolla | Crédito: Divulgação

A Seall, startup de impacto que auxilia organizações a fortalecerem seus legados por meio de uma gestão estratégica e inovadora sob o aspecto do impacto socioambiental e econômico, acaba de lançar uma plataforma que promete ajudar micro e pequenas empresas a alinharem suas gestões à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). A novidade veio durante o Impact Tech, um evento que discutiu e apresentou inovações, ferramentas e metodologias para mensurar o impacto das organizações.

Trata-se da Seall Intelligence Basic, cujo objetivo é democratizar o acesso à gestão do impacto socioambiental e econômico para empresas e pessoas. Quem explica é a diretora executiva da Seall, Gabriela Ferolla. Segundo ela, o produto nasceu ao observar empresas de diferentes portes com dificuldade em mensurar o impacto econômico e socioambiental de forma efetiva e, consequentemente, perdendo oportunidades no mercado.

“Nosso foco é atender as micro, pequenas e médias empresas, de ponta a ponta. Vamos oferecer uma funcionalidade para que as organizações consigam ampliar a sua atratividade e financiabilidade, gerindo os dados de impacto de forma eficiente, transparente, descomplicada e em uma linguagem global. No momento que a organização tiver esse alinhamento com a Agenda 2030 e conseguir efetivar a gestão de impacto, conseguirá comunicar melhor os resultados e dar uma melhor contribuição às metas globais”, ressalta.

O principal diferencial da plataforma é o uso da Agenda 2030 como eixo conector dos indicadores, diretrizes e parâmetros dos principais protocolos do mercado. Com a Agenda adotada em mais de 193 países e por milhares de organizações, as empresas têm a oportunidades em nível global, já que os fundos de investimento globais já estão se mobilizando para uma gestão mais responsável. 

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Prova disso são os números: mais de 80% dos investidores institucionais planejam realizar engajamento com empresas investidas sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e alocar capital para investimentos que promovam a Agenda 2030, segundo a iniciativa Princípios para o Investimento Responsável (PRI).

De fato, a dificuldade de mensurar o impacto econômico e socioambiental é uma realidade que diversas empresas enfrentam, principalmente as de micro e pequeno porte. Dados da pesquisa “Mapa 2021 de Negócios de Impacto Socioambiental” mostram, por exemplo, que 78% das organizações no Brasil reconhecem que não mensuram o seu impacto, e 42% sequer definiram indicadores de impacto para a efetivação de processos.

“Essas empresas, ao não conseguirem mensurar o impacto, têm dificuldade ou não conseguem acessar recursos, fundos de investimento e linhas de crédito disponíveis que utilizam a Agenda 2030 e aspectos ESG como parâmetros de avaliação e qualificação de projetos e organizações. Por isso, transformamos todo nosso know-how de consultoria de impacto em tecnologia e desejamos auxiliá-las nesse processo”, justifica Gabriela Ferolla.

Neste sentido, a jornada oferecida pela Seall Intelligence Basic é dividida em seis passos: mapa de transformação, percepção dos públicos, matriz de materialidade, matriz de indicadores, gestão de impacto e resultados de impacto. Ao final do processo, a organização terá acesso aos dados e resultados, que irão apoiar a gestão e poderão subsidiar a tomada de decisões e estratégias.

Ontem, durante o Impact Tech, foi lançada a funcionalidade gratuita da plataforma, o mapa de transformação, em que as organizações poderão entender como se alinham à Agenda 2030, em um primeiro nível, além de poderem desenvolver o seu modelo lógico de geração de impacto. Todas as funcionalidades estão disponíveis em três idiomas (portguês, inglês e espanhol). Em fevereiro será lançada a materialidade estratégica da Agenda 2030, em julho, a funcionalidade de gestão de impacto e em novembro, os relatórios.

“A gente espera, com essa plataforma, alcançar quem realmente precisa ser integrado a esse processo, de forma a proporcionar um alinhamento entre pessoas e organizações em vistas de alcançar um desenvolvimento mais justo, inclusivo e equilibrado”, conclui.

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