Seja hoje o líder que constrói o amanhã

Muito se fala em responsabilidade social. Menos que o necessário são as pessoas jurídicas que entenderam e exercem seu verdadeiro papel na construção de um desenvolvimento econômico sustentável. Ao contrário do que muitos gestores pensam, ser pessoa jurídica no Brasil não se resume a emitir notas fiscais, gerar empregos e pagar tributos, poder falir e se reconstruir. Há um compromisso social embutido nesse registro legal que, infelizmente, tem sido negligenciado por muitas corporações.
As lideranças empresariais brasileiras, em grande parte, ainda operam sob uma lógica ultrapassada de lucro a qualquer custo, ignorando o impacto de suas decisões sobre o meio ambiente, a sociedade e a economia de longo prazo. Falta-lhes uma visão estratégica de sustentabilidade. Isso ocorre, principalmente, por desconhecimento do papel estruturante que as empresas devem desempenhar no país.

A pessoa jurídica é um agente fundamental no tecido social. Ela tem capacidade de influenciar comportamentos, moldar padrões de consumo, fomentar inovação e transformar realidades locais. No entanto, sem lideranças preparadas para entender isso, as empresas permanecem como peças isoladas, alheias ao movimento global que busca um crescimento econômico responsável.

A ausência de metas sustentáveis nos planejamentos estratégicos empresariais revela essa miopia gerencial. Há pouca ou nenhuma integração com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Sustentabilidade ainda é, para muitos, um departamento isolado, quase sempre usado como marketing verde. Enquanto isso, oportunidades de geração de valor a partir de práticas conscientes são desperdiçadas diariamente.

É urgente uma mudança cultural no topo das organizações. Executivos e empresários precisam ser formados não só em gestão financeira, mas também em ética, impacto social e responsabilidade ambiental, desenvolvimento humano. É necessário um novo tipo de liderança, mais conectada com o futuro que queremos construir.

Precisamos que os CNPJs ativos deixem de ser apenas números no sistema da Receita Federal e passem a ser protagonistas na construção de um modelo de desenvolvimento que respeite limites ecológicos e sociais.

Atento à necessidade de fomentar um modelo econômico que se sustentará por séculos, o Movimento Minas 2032 – Pela Transformação Global, criado pelo Diário do Comércio e Instituto Orior, abre espaço para lideranças se formem e transformem o mundo junto a esse grupo composto por agentes públicos, empresas, Terceiro Setor e Sociedade Civil.

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