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Sustentabilidade é estratégia de negócios para o Natal

Negócios que aproveitam a data festiva promover o consumo consciente têm ganhado espaço no mercado
Sustentabilidade é estratégia de negócios para o Natal
Crédito: Reprodução Adobestock

O Natal é uma data comercial importante e, este ano, deve injetar cerca de R$ 6 bilhões na economia mineira, um aumento de 7,5% em relação a 2023, segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG). De acordo com o levantamento, o tíquete médio dos presentes será de R$ 230,50.

Serão 19 milhões de mineiros indo às compras, sendo que 87,5% dos entrevistados concentrarão suas aquisições neste mês, enquanto 11,4% disseram que aproveitaram as promoções da Black Friday.

Diante de uma data tão significativa para o comércio, a expectativa de lucro é alta. Contudo, negócios que aproveitam o momento para promover o consumo consciente têm ganhado espaço, fortalecendo tanto a receita quanto a reputação. É o que aponta a economista, consultora e líder do Instituto Capitalismo Consciente (ICC) em Belo Horizonte, Denise Baumgratz.

“A sustentabilidade há muito deixou de ser um assunto de ativistas para se tornar uma estratégia de negócio. Embora muitas organizações ainda vejam o conceito como algo distante, outras, independentemente do porte ou setor, já o estão incorporando, engajando colaboradores e demais partes interessadas. Na nova economia, isso é uma questão de competitividade”, pontua a especialista.

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A Casa Fazer é um exemplo de empresa comprometida com a economia circular e a sustentabilidade ambiental e social. O buffet de Belo Horizonte, com seis anos de atuação, oferece serviços para festas, encomendas e cestas de presentes, sempre com foco no consumo consciente.

Segundo a proprietária da Casa Fazer, Raisa Baeta, o diferencial da empresa é a atenção à qualidade, à quantidade adequada e à experiência afetuosa proporcionada ao cliente. “Nossa missão é crescer promovendo a ideia de que uma compra de sucesso é aquela em que não sobra nem falta. Por isso, além de cardápios personalizáveis e em tamanhos adequados, os itens podem ser adquiridos individualmente, evitando o consumo desnecessário. Além disso, nossa Estação do Sabor, com três opções deliciosas e diferentes, promove a partilha e coloca a experiência no centro da atenção”, explica.

Raisa Baeta
Em 2024, Raisa Baeta ampliou serviços do buffet que fomentam o consumo consciente de alimentos | Crédito: Divulgação Casa Fazer

A empresa também se preocupa com o encaminhamento responsável das sobras, utilizando embalagens apropriadas para os clientes, garantindo que nada se perca. Este ano, o lançamento da Estação do Sabor, assinada pela nutricionista Mara Rolim, aposta em pratos saudáveis, sustentáveis e saborosos, reforçando o compromisso com o consumo consciente.

Moda sustentável em destaque

Outra empresária que se destaca por ações sustentáveis é Bhárbara Renault, designer e fundadora da marca feminina Jardin. Suas peças são atemporais, artesanais e produzidas com mão de obra local, utilizando tecidos e fibras vegetais para reduzir os impactos da moda no meio ambiente.

Bhárbara Renault
Empresária Bhárbara Renault desenvolveu coleção cápsula com seis peças-coringas para evitar consumismo na moda | Crédito: Divulgação Jardin

Para este fim de ano, Renault lançou uma coleção cápsula com seis peças em tons neutros e propostas que nunca saem de moda. “Cuidar do mundo, respeitando a natureza e as pessoas, é uma tarefa que decidi trazer para o meu negócio. Desenvolvemos as coleções internamente no estúdio, com uma rede de colaboradores locais, atentos à sustentabilidade, desde a escolha da matéria-prima até o destino dos resíduos”, reforça Bhárbara.

Ser humano no centro das decisões

Existem diversas formas de atuar com consciência nos negócios. O Instituto Capitalismo Consciente (ICC), fundado em 2010 e presente no Brasil desde 2013, é um movimento global que reúne empresas comprometidas em colocar o ser humano no centro das decisões. Por meio de relações mais saudáveis, promove a inovação, o empreendedorismo e a geração de valor compartilhado.

“O Capitalismo Consciente Brasil acredita em um propósito maior, uma diferença que as empresas podem fazer no mundo. Os pilares do Capitalismo Consciente são: propósito maior, liderança consciente, cultura consciente e orientação para stakeholders”, esclarece Denise Baumgratz.

Ela destaca que o Capitalismo Consciente é um terreno fértil para o desenvolvimento sustentável e convoca os empresários a zelarem pela prosperidade de suas organizações e do planeta. Para saber mais sobre o tema, acesse o site.

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