Sustentabilidade no centro das discussões do Imersão Indústria 2024

Realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a quinta edição do Imersão Indústria, que acontece entre os dias 1º e 3 de outubro, teve como um dos principais assuntos a sustentabilidade.
O encontro, realizado no Minascentro (região do hipercentro), recebeu a conselheira do Instituto Capitalismo Consciente em Minas Gerais, Renata Livramento; a presidente do Diário do Comércio e do Movimento Minas 2032 (MM2032), Adriana Muls; e o diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Mineração Morro do Ipê, Cristiano Parreiras, no painel “Agenda 2030: movimentos para impulsionar a sustentabilidade no setor empresarial”.
“O Capitalismo Consciente propõe um modelo em que os negócios estão integrados ao meio ambiente e à sociedade, indo além da interseção que observamos hoje. Assim, a sustentabilidade deixa a fase de ações isoladas para fazer parte da estratégia de negócio da empresa por meio de ações integradas e articuladas. Precisamos entender o propósito do negócio, qual dor ele cura, enfim, o que o diferencia dos outros negócios em um mundo em que capital e tecnologia já não são capazes de fazer a diferença”, explica Renata Livramento.

O próprio painel, assim como todo o Imersão Indústria, dialoga com o MM2032. Liderado pelo Diário do Comércio, o Movimento propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2015.
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A Fiemg faz parte do MM2032 desde a criação, em 2017.
Entre os ODS, dois têm especial ligação com o evento:
- ODS 9: Indústria, inovação e infraestrutura – Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
- ODS 17: Parcerias e meios de implementação – Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
“Precisamos entender a nossa responsabilidade como indivíduos e como líderes para construir esse novo modelo que passa, necessariamente, pela agenda 2030. E a comunicação é fundamental para o processo de articulação. O Diário do Comércio lançou o MM2032 a partir de uma reflexão sobre qual era o nosso papel enquanto veículo de comunicação nesse momento de grande complexidade e em que a necessidade de que nos articulemos é gritante. Como produtores de conteúdo nos apropriamos da nossa responsabilidade para provocar debates e articulação tendo como objetivo a construção desse futuro que tem como premissa os ODS”, afirma Adriana Muls.

Se, no início, a sustentabilidade era encarada por boa parte das indústrias como um custo, hoje é entendida como uma ferramenta de diminuição de gastos, melhoria de processos, construção de reputação, abertura de mercados e negócios diretos.
A mineração enfrenta desafios extras nessa jornada por um setor de base, cuja estrutura impõe prazos de decisão mais alongados e que ainda enfrenta uma desconfiança da sociedade em geral quanto aos métodos e a veracidade dos esforços para ser uma indústria ambientalmente e socialmente responsável.
“A mineração é fundamental para a vida que levamos hoje e para o futuro, à medida que olhamos para a transição energética, a criação de novos materiais, por exemplo. Ninguém vai fazer isso sozinho. Temos um movimento muito forte no setor no sentido de abraçar os ODS de forma a mostrar para a sociedade que a mineração pode ser desenvolvida de forma segura, sustentável e moderna”, defende Parreiras.
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