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Tem início estruturação do Plano de Ação Climática de MG

Tem início estruturação do Plano de Ação Climática de MG
O Estado está comprometido em qualificar e acelerar a agenda climática , afirmou Rodrigo Perpétuo, do Iclei | Crédito: PBH/ASSCOM

O CDP, organização internacional que mede o impacto ambiental de empresas e governos em todo o mundo com o intuito de construir e acelerar ações ambientais colaborativas, em parceria com o governo do Estado de Minas Gerais, a rede global de governos locais e regionais Iclei e as instituições Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), iniciam os trabalhos para a estruturação do Plano de Ação Climática para o Estado.

O documento será construído em parceria com o Iclei América do Sul, com base em robustas evidências científicas elaboradas pela Coppe-UFRJ, USP e UFMG e possibilitará ao governo do Estado dar mais um passo em direção à meta de descarbonização no Estado até 2050.

Financiado pelo governo do Reino Unido, por meio do UK PACT, o plano permitirá identificar políticas, planos e projetos voltados à mitigação de emissões de gases de efeito estufa. Serão definidas metas baseadas na ciência, além de apontar as ações e indicadores que ajudarão em seu cumprimento e monitoramento. Minas passará a contribuir para o combate às mudanças climáticas e para que o Brasil cumpra seus compromissos de reduzir pela metade as emissões de gás carbono até 2030 tal como a meta de zerar as emissões líquidas apresentada pelo país na última Conferência das Partes em Glasgow.

“Esse plano representa mais que uma adequação, mas uma oportunidade de direcionar a ação climática do Estado. Ele mostra o papel decisivo que governos subnacionais desempenham para reduzir emissões de gases de efeito estufa e assim contribuir para um círculo virtuoso para ambição dos governos nacionais”, adianta a diretora executiva do CDP América Latina, Rebeca Lima. Segundo a executiva, ao ser signatário da Race To Zero, Minas Gerais sinaliza globalmente o compromisso mais ambicioso de acordo com o conhecimento científico mais avançado. “O CDP América Latina sente-se honrado em poder coordenar os trabalhos para o estabelecimento de um plano de ação climático rigoroso do ponto de vista técnico-científico e robusto em termos de opções de ação de mitigação a serem implementadas pelo Estado”, conclui a executiva.

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Para ajudar nessa transição, o CDP e o Iclei América do Sul lideram três frentes de trabalho estratégicos no estado: a elaboração do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE); de dois cenários climáticos, um de referência e outro de neutralidade climática em 2050 (para chegar às projeções de consumo de energia e emissões de GEE e identificar medidas prioritárias, a serem elaboradas pela Coppe/USP/UFMG, por meio de modelo de equilíbrio climático); e do Plano de Ação Climática. Todos os produtos serão feitos em parceria com o governo do Estado.

“Para o Iclei, é muito significativo fazer parte dessa aliança com o CDP e o governo Britânico para a atualização do Inventário de Emissões de GEE e desenvolvimento do Plano de Ação Climática. Minas Gerais, que teve o maior número de municípios em estado de calamidade pública em 2022, devido a eventos extremos, está comprometido em qualificar e acelerar a agenda climática e para nós é uma honra participar deste processo”, afirmou o secretário Executivo do Iclei América do Sul, Rodrigo Perpétuo.

O governo britânico acredita que a transição energética é a maior oportunidade econômica deste século. O Estado de Minas Gerais já larga na frente ao ser um dos primeiros estados a aderir a Campanha Race To Zero (Corrida ao Zero) e a começar o desenvolvimento do Plano de Ação Climática.

“Queremos continuar com a forte colaboração do Consulado Britânico em MG entre o governo estadual, a academia e a indústria local para identificar as maiores oportunidades e incentivar investimento em tecnologias de baixo carbono, gerando empregos, rumo uma economia verde”, enfatizou o Cônsul Britânico em Minas Gerais, Lucas Brown.

“Este trabalho está sendo feito a várias mãos em Minas Gerais, tornando o projeto participativo para diversos setores da sociedade. Desde o início, quando o governo de Minas assumiu esse compromisso, contamos com parceria da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), importantíssimas para termos uma modelagem mais próxima da realidade do estado e podermos trazer soluções práticas e efetivas para a neutralidade das emissões de Gases de Efeito Estufa até 2050”, afirmou o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente, Renato Brandão.

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