25ª edição da Casacor começa dia 31 de agosto

Reconhecida como a maior mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas, a Casacor chega à sua 25ª edição em Minas Gerais e com mais de 20 eventos nacionais (Alagoas, Bahia, Brasília, Campinas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, interior de SP, Litoral de SP, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina) e seis internacionais (Miami, Peru, Chile, Equador, Bolívia e Paraguai).
Em Belo Horizonte, a edição 2019, que vai acontecer entre 31 de agosto e 6 de outubro, tem como grande estrela o próprio lugar de realização: o Palácio das Mangabeiras. A casa, construída para ser a residência dos governadores do Estado a partir de 1955, pela primeira vez será aberta ao público. Considerado parte do conjunto modernista criado por Oscar Niemeyer e Burle Marx a partir da construção do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o imóvel é um bem da cultura mineira que atrai estudiosos e visitantes de todo o mundo.
O atual governador, Romeu Zema (Novo), optou por não morar no Palácio de 42 mil metros quadrados. O imóvel está sob custódia da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). O órgão tem como objetivo implementar ações que agreguem mais eficiência na administração do espaço e melhor aproveitamento do imóvel.
De acordo com o diretor da Casacor Minas, João Grilo, o acordo recém-assinado com governo permitiu que a Casacor seja realizada no espaço assumindo os custos de manutenção durante o período de realização.
“O Palácio Mangabeiras é uma casa linda que já vale a visita por si só. Lá existe um jardim enorme projetado por Burle Marx que mantém o desenho, mas não as mesmas espécies. Nosso objetivo é deixar esse jardim recuperado. Para isso vamos fazer eventos para arrecadar fundos. Ao mesmo tempo estamos assumindo a manutenção do Palácio durante a Casacor, o que vai gerar uma boa economia para o governo. Ainda não temos o levantamento desses custos”, explica Grilo.
Recuperação – Além da manutenção do Palácio das Mangabeiras, a Casacor também assumiu a recuperação do Casarão da rua Sapucaí, onde o evento aconteceu nos últimos dois anos. A primeira fase com a reforma da fachada consumiu investimento de R$ 1,75 milhão. O objetivo, até o fim de 2020, é transformar o lugar em um centro cultural e de memória ferroviária.
Há 10 anos a mostra é realizada em prédios históricos tombados, contribuindo para a geração de visibilidade e de investimentos a manutenção do nosso patrimônio. A Casacor Minas foi responsável por revelar construções importantes para a cidade como o prédio que hoje abriga o Arquivo Público e a Casa do Conde, entre outros.
“Minas Gerais e Belo Horizonte, especificamente, são referências para a arquitetura nacional e mundial. O Conjunto Arquitetônico da Pampulha é um patrimônio reconhecido pela Unesco e tudo isso faz com que exista um mercado que vai do turismo à indústria. A Casacor contribuiu para que o segmento de design de interiores se consolidasse e desse origem uma mão de obra extremamente qualificada que hoje Minas Gerais já exporta. 70% dos produtos expostos na Casacor Minas são fabricados em Minas e temos na qualidade do acabamento o nosso grande diferencial. Esse é um dos orgulhos que temos nesses 25 anos de história”, pontua o diretor da Casacor Minas.

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