“A gente tem que fazer esse modelo Shein”, diz presidente da Arezzo

São Paulo – O presidente da varejista Arezzo&Co, Alexandre Birman, disse recentemente que a companhia está em um projeto de otimização e presença nas mídias digitais baseado no modelo de empresas de moda chinesas. “Hoje é um mantra da nossa empresa: não sei se deram um nome para isso, mas a gente tem um projeto que é o projeto Shein. Não tem jeito. A gente tem que fazer esse modelo”, afirmou.
Birman disse que essas empresas trazem um problema de competitividade no País por conta dos impostos menores que recaem sobre elas e devido a questões como a origem das matérias-primas e da mão de obra barata.
Mas, sem entrar em polêmicas, o CEO da Arezzo afirmou que é preciso reconhecer que há dois importantes diferenciais no modelo de negócio das varejistas asiáticas que precisam ser levados como exemplo. Um deles é a estratégia de operar sem estoque, o que é muito importante para o segmento, disse, já que a moda é volátil e tem mudado com uma velocidade cada vez maior.
O executivo disse que varejistas como a Shein produzem em quantidades muito pequenas. Baseadas na velocidade de giro, elas conseguem ter capacidade de reagir em no máximo três semanas, produzindo até 10 mil unidades. Se o produto esgota, a empresa então para de produzi-lo e já tira ele de linha.
“É um modelo vencedor, sim. A gente tem que reconhecer isso”, afirmou Birman, citando o modelo de negócios dessas companhias que quebra os intermediários.
O segundo diferencial citado por Birman é a forte presença dessas companhias chinesas nas mídias digitais. Segundo ele, a Arezzo tem uma determinação interna de aprender a usar o TikTok para amplificar a marca na internet, algo que eles ainda não conseguiram.
“Não é fácil o TiKTok, ainda não é algo muito trivial a forma de se comunicar e gerar vendas. Para ser sincero, nós ainda não aprendemos”, disse o executivo, frisando que esta é a ferramenta digital que mais converte em vendas, na qual a Shein é uma referência.
“Isso é um exemplo. Então, vamos tirar a parte tributária, a parte de compliance, que, ok, está errado. Porque isso é impossível e a gente não pode conviver (…) Mas ainda assim é um modelo único, inédito e para mim é vencedor”, reafirmou. (Folhapress)
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