ABC da Construção quer ultrapassar marca de 100 franquias em 2020

A transformação digital foi a pedra de toque para que muitas empresas conseguissem atravessar a crise econômica causada pelo Covid-19 com o mínimo de estabilidade. Quem já estava com o processo bem encaminhado adquiriu uma vantagem competitiva sobre outros players, chegando a resultados, muitas vezes, surpreendentes.
A ABC da Construção, rede sediada em Juiz de Fora, na Zona da Mata, é uma delas. Com 90 franquias espalhadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, se programa para chegar ao fim do ano ultrapassando a marca de 100 unidades, tendo em Minas o seu maior mercado.
De acordo com o CEO da ABC da Construção, Tiago Mendonça, os novos canais de vendas cresceram 130% na pandemia e já representam 71% da companhia. A expectativa é fechar o ano com mais de 100 lojas e receita anual de R$ 500 milhões e, com o aporte de R$ 115 milhões de seus sócios, expandir ainda mais.
“Já investíamos robustamente em tecnologia e desenvolvemos um forte relacionamento com nossos clientes através da internet. Os resultados já estavam surgindo, mas o que esperávamos para daqui a dois anos foi antecipado pela pandemia. Também conquistamos uma faixa de clientes que eram atendidos por concorrentes que estão atrasados na transformação digital e, por isso, deixaram de atender. Com tudo isso, tivemos um segundo trimestre – mesmo com lojas fechadas -, melhor do que o primeiro trimestre e nos tornamos menos dependentes das lojas físicas, apostando na omnichanalidade”, explica Mendonça.
Com um movimento de expansão em espiral, cuidando especialmente da logística, a empresa acaba de inaugurar no Estado uma unidade em Muriaé, na Zona da Mata, e tem previstas para agosto: Ouro Branco, Mariana, e Congonhas, na região Central; Caratinga, no Vale do Aço; Nepomuceno e Passa Quatro, no Sul de Minas; Lagoa Santa e Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH): Ponte Nova, na Zona da Mata, além de mais uma loja na Capital.
“Apesar de ser nosso território de origem, e ser responsável por cerca de 70% do faturamento, Minas Gerais continua mantendo a mesma velocidade de novas unidades que os estados entrantes. Buscamos por cidades com mais de 15 mil habitantes com empreendedores do setor ou investidores interessados. O nosso conceito é ter na ponta um parceiro muito alinhado, muito forte. Ele tem que participar de tudo com a gente, inclusive das decisões. Ficamos com a parte pesada do negócio porque entendemos abrir uma loja requer um investimento muito grande”, pontua o empresário.
Planos – A preparação para o futuro é contínua. A ascensão no pós-pandemia de um consumidor mais consciente, que cobra das empresas produtos, serviços e processos mais sustentáveis também já norteia a gestão da ABC da Construção. A incorporação dos aspectos sociais e ambientais às estratégias e práticas de governança corporativa (Environmental, Social and Governance – ESG) ganham cada vez mais importância e oferecem vantagens competitivas às organizações. O papel das empresas na sociedade passa a ser uma questão crítica à sua criação de valor de longo prazo e atrai cada vez mais a atenção de investidores e demais stakeholders.
“Alguns consumidores já estão preocupados com o verde e essa é uma tendência cada vez mais forte. Como temos grandes investidores, o tema do momento é o ESG. Sempre trabalhamos com carros zero, a movimentação nos CDs (centros de distribuição) é feita por veículos elétricos, a iluminação é 80% natural, por exemplo. Isso tende a trazer uma evolução muito grande aos negócios. Empresas conscientes vão ter mais acesso a capital, formando um ecossistema que se retroalimenta. Essa é uma preocupação que as empresas devem ter agora, e não esperar pelo futuro”, completa o CEO da ABC da Construção.
E-commerce tem receita de R$ 5,4 bi com Dia dos Pais
As vendas no varejo eletrônico no Brasil movimentaram R$ 5,4 bilhões no Dia dos Pais, crescimento nominal de 95,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram apurados pela Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce, entre os dias 25 de julho e 8 de agosto.
De acordo com a análise da companhia, o montante é resultado da maior quantidade de compras feitas pela internet nesse período. Ao todo, foram 13,3 milhões, aumento de 89,4% em relação ao mesmo intervalo de tempo em 2019.
“Mesmo com a reabertura parcial das lojas físicas e grandes shoppings, o resultado de vendas do Dia dos Pais comprova que o varejo on-line consolidou sua posição de destaque em 2020 e manterá patamares de vendas elevados mesmo após o término da pandemia e possível chegada de uma vacina.”, explica o CEO da Neotrust/Compre&Confie, André Dias.
A proximidade do varejo digital e a distância física dos papais fizeram com que os brasileiros investissem até mesmo em presentes mais caros para essa data. De acordo com a companhia, o tíquete médio registrado este ano foi de R$ 403,80 – valor 3,2% superior ao registrado no ano passado.
Em relação ao perfil dos compradores, a companhia mostra que os consumidores de 36 a 50 anos foram os que mais fizeram compras pela Internet no período (responderam por 36% de todos os pedidos realizados). Em seguida, estão os de 26 a 35 anos (31,4%) e, nas últimas posições, estão tanto os mais jovens quanto os mais velhos: consumidores de até 25 anos e os com mais de 51 anos responderam por igual porcentagem de volume de compras (16,3% cada).
As categorias mais compradas em volume durante o período foram: Moda e Acessórios, Beleza e Perfumaria e Esporte e Lazer. Já as que mais movimentaram o faturamento foram Telefonia, Eletrodomésticos e Moda e Acessórios.
Fraudes – Durante o período, foram evitados R$ 65,6 milhões em fraudes, de acordo com a ClearSale, empresa líder em soluções antifraude nos mais diversos segmentos. O valor é 57% maior do que registrado no Dia dos Pais do ano passado. No entanto, apesar do aumento, a curva não acompanha o número total de pedidos, ou seja, os pedidos bons também aumentaram e superam as tentativas de fraudes.
A pandemia faz com que os fraudadores também aprimorem seus métodos e formas de ataque, mas ainda seguem buscando produtos que sejam fáceis de serem revendidos e garantam um bom valor na revenda. .
Via Varejo vê espaço para melhorar a margem
São Paulo – A Via Varejo vê espaço para melhora adicional da sua margem bruta, uma vez que amplia a eficiência operacional das vendas pelo comércio eletrônico e amplia escala com a retomada do ritmo nas lojas físicas, disse o presidente da companhia, Roberto Fulcherberguer ontem.
“O ganho recente de margem operacional veio para ficar”, disse Roberto Fulcherberguer em teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre. “Vamos perseguir mais ganho de margem.”
Fulcherberguer descartou planos da Via Varejo de usar incentivos como cash back e outros para que possam corroer as margens da empresa.
A Via Varejo teve lucro líquido de R$ 65 milhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo de R$ 162 milhões um ano antes, com forte desempenho do comércio eletrônico, uma vez que medidas de isolamento por causa da pandemia de Covid-19 elevaram as vendas on-line.
“Passamos a explorar ao máximo o e-commerce, com muito sucesso, atingindo resultados expressivos”, destacou a dona das redes Ponto Frio e Casas Bahia, entre outras, em documento sobre o balanço divulgado na noite de quarta-feira (12).
Ainda assim, a companhia teve prejuízo operacional de R$ 176 milhões, em razão da queda de receita, custos fixos vinculados ao fechamento de lojas na pandemia e aumento da despesa financeira. Mas a perda foi menor do que um ano antes (R$ 296 milhões).
O resultado também contempla crédito transitado em julgado de ICMS na base PIS/Cofins totalizando R$ 364 milhões.
A receita líquida caiu 12,4%, para R$ 5,28 bilhões, enquanto a receita bruta recuou 7,8%, a R$ 6,46 bilhões, mas com alta na margem bruta de 27,9% para 35,3%. A receita bruta nas lojas físicas caiu 63%, a R$ 2,18 bilhões, enquanto do on-line saltou quase 300%, a R$ 4,28 bilhões.
As vendas totais do e-commerce, incluindo marketplace, e lojas (GMV – Gross Merchandise Volume) ficaram quase estáveis (+0,5%) no segundo trimestre, a R$ 7,26 bilhões, enquanto o GMV apenas do comércio on-line, incluindo marketplace, saltou para R$ 5 bilhões, de R$ 1,3 bilhão um ano antes.
A inadimplência acima de 90 dias alcançou 13,5% no final do trimestre, mas a companhia disse que observou forte melhora dos recebimentos durante maio e junho, e que julho e agosto continuam fortes. “Esperamos durante o terceiro trimestre recuperar o atraso gerado pelo fechamento das lojas.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 71,7% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano anterior, para R$ 532 milhões, com margem Ebitda avançando de 5,1% para 10,1%. Em termos ajustados, totalizou R$ 555 milhões (+45,7%), com a margem subindo a 10,5%.
O Ebitda ajustado operacional teve acréscimo de 76%, a R$ 314 milhões. (Reuters)
Ouça a rádio de Minas