Aeroporto Internacional de BH é o 1º do País a receber certificado

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), realizou o mapeamento das fontes de emissão de gases do efeito estufa decorrentes das atividades do terminal. Com esse trabalho, desenvolvido no período aproximado de um ano, o aeroporto conseguiu a acreditação de emissões de carbono no nível 1 (mapeamento) pelo programa do Airport Council International (ACI), além da certificação pela norma ISO 14.064 (Emissões de Gases de Efeito Estufa). O aeroporto é o primeiro do País a obter tal reconhecimento.
O mapeamento refere-se às emissões de gases do efeito estufa – considerados os principais causadores do aquecimento global – provenientes de atividades da BH Airport, concessionária que administra o aeroporto, não levando em conta o impacto provocado pelas aeronaves.
De acordo com o relatório, a energia elétrica é a atividade que mais causa impacto nas atividades do terminal, respondendo por cerca de 80% do total da geração dos gases. As outras fontes são: frota da concessionária, que inclui ônibus que fazem o traslado do terminal até o avião, carros de vistoria e aqueles utilizados pela diretoria; combustível usado em geradores de energia; tratamento de esgoto; e extintores de CO2.
O valor total da emissão de gases do terminal não foi informado. A concessionária explica que, nessa etapa, o foco não é o valor da emissão, mas o compromisso em conhecer as fontes de produção dos gases para, a partir daí, ter início o trabalho para reduzir e otimizar a emissão.
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Para o gestor de Qualidade, Segurança e Meio Ambiente da BH Airport, Douglas Gameiro, a acreditação mostra que a BH Airport continua evoluindo no atendimento aos clientes, sem deixar de lado o comprometimento com a preservação do meio ambiente. A BH Airport reforça que o reconhecimento também gera competitividade gerencial à concessionária.
O Airport Carbon Accreditation da ACI busca avaliar e reconhecer iniciativas dos aeroportos para contribuir com a preservação do meio ambiente. São quatro níveis, sendo eles mapeamento (1); redução (2); otimização (3) e neutralização (4). No nível 3, considera-se toda a cadeia produtiva, levando-se em conta também a atividade das aeronaves.
De acordo com a assessoria de imprensa da BH Airport, a concessionária já analisa projetos para promover a redução da emissão de gases de efeito estufa, o que pode garantir o nível 2 da acreditação. Atualmente, são realizadas campanhas com os funcionários de forma a promover o consumo consciente da energia elétrica.
Pegada – Segundo a BH Airport, a auditoria que comprovou a identificação das emissões das atividades da concessionária foi realizada no final de julho, por empresa independente e reconhecida pela ACI. O mapeamento é feito por meio do cálculo de pegada do carbono referente a 2017. Nesse caso, a pegada é o valor da emissão de gases de efeito estufa de cada atividade. É como se a empresa detectasse as marcas que deixa com as ações que causam tal impacto.
A concessionária também informa que o programa Airport Carbon Accreditation do ACI é o único no mundo aprovado institucionalmente para aeroportos. Em todo o mundo, 67 aeroportos já obtiveram a acreditação no nível 1, sendo que a maior parte deles está localizada na Europa e 37 já atingiram o nível 4.
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