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ALE planeja ampliar rede em Minas Gerais

ALE planeja ampliar rede em Minas Gerais
A guerra na Ucrânia é a parte que preocupa, pois pode afetar nosso negócio, afirmou o diretor Renato Rocha | Crédito: Douglas Luccena

Dos cerca de 300 postos de combustíveis e serviços que a distribuidora de combustíveis ALE prevê inaugurar neste ano, 40 estão em Minas Gerais. Nos últimos meses, a empresa já abriu novas revendas em Belo Horizonte e Sete Lagoas (região Central) e a expectativa é de que, nos próximos meses, outras operações sejam iniciadas tanto na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) quanto no interior do Estado, de forma que sejam abastecidas a partir da base própria de armazenagem e distribuição de combustíveis da companhia, localizada em Betim (RMBH).

De acordo com o diretor comercial da ALE, Renato Rocha, Minas Gerais é o mercado mais representativo para a ALE no País e concentra cerca de 500 postos da rede e outros 700 clientes B2B (business-to-business). Por isso, os planos de ampliação no Estado, onde, inclusive, a companhia nasceu, estão entre os principais para o crescimento da rede neste ano. 

“A presença em Minas tem se tornado cada vez mais forte; possuímos base própria de armazenagem e distribuição de combustíveis em Betim, um relacionamento bem próximo e consolidado com toda a revenda mineira e grande potencial de crescimento”, destaca.

Fundada em 1996, a ALE é a quarta maior distribuidora de combustíveis do Brasil e conta com uma rede de cerca de 1,4 mil postos e 9 mil clientes ativos em 21 estados e no Distrito Federal. Além disso, a empresa gera cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos. Em 2021, apurou receita próxima a R$ 15 bilhões e pretende superar essa marca neste ano, a partir da comercialização de 4 bilhões de litros de combustíveis.

A meta da companhia é conquistar cerca de 300 novos negócios, entre postos e grandes consumidores (COF), segmento composto por empresas com alta demanda para abastecimento de frotas e equipamentos, locadoras de veículos, transportadoras, agroindústrias, mineradoras, fazendas, entre outras.

Para os revendedores, a companhia disponibiliza diferenciais, como o Clube ALE e Livelo (relacionamento e recompensas), a parceria com a Moove para fornecimento de lubrificantes da marca Mobil, a Academia Corporativa ALE (treinamento e capacitação), o programa Ligados na Qualidade (certificação do combustível), as unidades de Serviço Automotivo ALE Express e as lojas de conveniência Entreposto (EP) e A Esquina.

Segundo Rocha, 2021 ainda foi fortemente impactado pela pandemia de Covid-19 e acabou sendo um ano não tão bom quanto o esperado. De qualquer maneira, o resultado foi positivo e melhor que o observado em 2020. Para o atual exercício, a expectativa é que se atinja as metas estabelecidas, até pelo arrefecimento da doença no País. Segundo ele, janeiro foi um mês desacelerado – em termos de consumo – no País como um todo, mas em fevereiro já houve incremento de demanda tanto para a gasolina quanto para o diesel, especialmente em regiões agropecuárias.

“São grandes as expectativas quanto ao atual exercício. A guerra na Ucrânia é a parte que preocupa, pois pode afetar nosso negócio, a partir do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Mas estamos otimistas”, diz.

Por falar no aumento dos preços dos combustíveis, que vem ocorrendo de maneira sequencial desde o ano passado, o diretor explica que a política adotada pela distribuidora se baseia no que é passado pelos fornecedores e que os suprimentos da rede hoje vêm, praticamente em sua totalidade, da Petrobras

“A estatal toma a decisão a partir da cotação internacional e a gente aplica. Mas vale dizer que os preços da gasolina e do diesel sofrem outros impactos, como do etanol anidro e do biodiesel (B100) – produtos que também têm sofrido aumentos relevantes não apenas pela escassez, mas por questões de safra e entressafra”, pondera.

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