Alpop chega à Capital e Governador Valadares

A Alpop, plataforma digital especializada em aluguel popular, chega a Belo Horizonte e Governador Valadares (Vale do Rio Doce) no próximo mês. Com solução financeira para aluguel voltada para negativados e trabalhadores informais, a aposta da empresa é grande para Minas Gerais, uma vez que 38% da população ocupada no Estado não possuem vínculo empregatício e a taxa de desemprego está em 13,7%. Apenas na capital mineira há um potencial de 54 mil imóveis para locação.
As informações são do CEO da Alpop, Caio Belazzi. Segundo ele, a atuação da fintech do setor imobiliário na Capital se inicia por uma parceria com a Imobiliária Álvaro Maia e a intenção é expandir a oferta pela Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), começando por Betim. Já em Governador Valadares, as operações ocorrerão pela Imobiliária Bom Negócio.
“O potencial deste mercado é enorme. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dão conta de um volume de 13 milhões de domicílios para locação em todo o País. Deste total, pelo menos 10 milhões possuem custo mensal de R$ 1.500, valor dentro do nosso foco de oferta. Além disso, existe uma demanda de 63 milhões de negativados e 35 milhões de pessoas com renda informal. Já especificamente em Minas, estimamos uma população economicamente ativa de 16 milhões e 24%, ou 3,8 milhões, com algum tipo de restrição ou negativação no nome”, explica.
Hoje, a Alpop está em oito estados, totalizando 30 localidades. E a partir do próximo mês, além de Belo Horizonte e Governador Valadares, iniciará operações com imobiliárias de Bauru, Jaú, Marília, Mogi Guaçu, Pirassununga, Brotas, Atibaia, Bragança Paulista, Osasco, Cotia, Taubaté e Mogi das Cruzes.
Tamanha é a aposta que, conforme Belazzi, a meta para os próximos meses é dobrar os negócios. Para se ter uma ideia, entre janeiro e agosto, a fintech obteve crescimento de 447% em receita bruta e de 397% no número de contratos ativos.
“Temos visto um crescimento muito grande da demanda. Isso porque tanto o número de negativados como o nível de informalidade têm estado em plena ascensão, atingindo patamares históricos, inclusive. A renda dos brasileiros também está caindo. Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), 35% dos trabalhadores estão recebendo até 1 salário mínimo”, ressalta.
Para o ano que vem, os planos são ainda maiores. Segundo o executivo, a ideia é oferecer outros serviços financeiros, como antecipação de recebíveis e crédito. Já para a segunda metade de 2022 a meta é estrear no mercado de venda popular, facilitando o processo de análise de cadastros.
A Alpop é formada por dois grupos empresariais – Caiena e Arap Nishi & Uyeda e está sediada em Campinas (SP). Em operação desde 2020, chegou no mercado como uma imobiliária virtual popular. Porém, com o passar dos anos e amadurecimento do negócio, transformou-se em uma fintech com foco em imobiliárias e proprietários de imóveis e hoje visa proteger os contratos com pagamentos sempre em dia para aquelas pessoas que estão em níveis de risco e que, normalmente, não são aprovadas nos outros mecanismos de seguradoras imobiliárias. Para isso, desenvolveu um método de análise cadastral do inquilino e realiza um filtro qualitativo de pessoas que não seriam aceitas em outros mecanismos de seguradoras imobiliárias.
“A gente garante o pagamento do aluguel por parte dos inquilinos durante todo o prazo contratual. Por exigirmos apenas o CPF no momento da consulta, o nosso objetivo é também desburocratizar o processo de contrato entre inquilino e imobiliária”, explica.
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