Amazon amplia presença em MG e mira entregas em tempo recorde

Desde o início das operações de varejo no Brasil, em 2019, a Amazon tem investido na expansão dos polos logísticos com o objetivo de atender à demanda no País de forma ágil. Nos últimos 18 meses, a empresa inaugurou 140 novos polos logísticos no Brasil. Minas Gerais está entre os estados onde as operações crescem. Hoje, o Estado abriga 25 estações de entrega e dois centros de distribuição da Amazon.
Conforme os dados da Amazon Brasil, os 200 polos logísticos – operados com tecnologia própria – estão distribuídos por todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Somente nos últimos 18 meses, a empresa iniciou a operação de 140 polos. A expansão tem o objetivo de fortalecer o varejo do Brasil e melhorar os serviços de entregas rápidas em todo o País.
Minas Gerais tem papel relevante na estrutura. Somente nos primeiros seis meses de 2025, foram 10 estações de entrega inauguradas no Estado. Assim, a Amazon passou a contar com 25 polos e dois centros de distribuição, localizados em Betim e em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
As unidades de entrega estão pulverizadas pelo Estado e localizadas em regiões estratégicas. A capilaridade, segundo a empresa, reforça o compromisso da Amazon em acelerar as entregas em toda a região. As cidades onde há operações da empresa são: Barbacena, Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Itajubá, Juiz de Fora, Lavras, Major Porto, Montes Claros, Muriaé, Poços de Caldas, Pouso Alegre, São João del-Rei, Sete Lagoas, Três Pontas, Ubá, Uberaba, Uberlândia e Viçosa.
Com a expansão dos polos logísticos, a Amazon já oferece entrega no mesmo dia em mais de 200 cidades e entrega no dia seguinte em mais de 3.600 cidades em todo o País. Os planos são de crescimento acelerado, tornando as entregas cada vez mais rápidas e convenientes para milhões de brasileiros.
Em nota, o líder de operações da Amazon Brasil, Ricardo Pagani, explica que a empresa está acelerando a expansão para que as entregas sejam cada vez mais rápidas, independentemente da região do País. “Estamos acelerando nossa expansão no Brasil e investindo em parcerias locais e estratégicas que engajam e atuam como força transformadora para oferecer serviços ainda mais rápidos aos clientes, não importa onde estejam.”
Ainda segundo Pagani, “para o sucesso dessa estratégia, combinamos nossa expertise global com o conhecimento e a energia dos parceiros brasileiros, investindo em tecnologias que nos permitem criar uma rede logística que não apenas atenda às necessidades dos clientes, mas também impulsione o desenvolvimento econômico e social local”, explicou.
No Brasil, a Amazon gera mais de 18 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Por meio do serviço de marketplace, a empresa apoia mais de 100 mil pequenas e médias empresas, que vendem produtos e utilizam os serviços no e fora do Brasil.
Nova aposta promete frete mais barato e ágil no interior
Diante da crescente pressão por entregas mais rápidas, preços menores e fidelização de vendedores, a Amazon decidiu acelerar sua estratégia logística no Brasil. Em um mercado disputado por rivais como Mercado Livre, Shopee e até gigantes chinesas como Meituan e Didi (dona do iFood), a empresa anunciou a expansão do programa Fulfillment by Amazon (FBA) para novos Einteriostados, além de uma redução agressiva nas tarifas de logística – com foco especial nos vendedores do interior e de regiões fora do eixo Sul-Sudeste.
A partir do segundo semestre de 2025, o FBA estará presente também nos centros de distribuição da Amazon em Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro e Distrito Federal. A mudança permitirá que vendedores usem seus próprios CNPJs locais, aproveitando incentivos fiscais estaduais e reduzindo os custos operacionais. Segundo a diretora do FBA no Brasil, Julia Salles, a medida foi pensada para aproximar os centros logísticos dos empreendedores e facilitar a adesão ao serviço, que inclui armazenagem, entrega e até atendimento pós-venda.
Ao mesmo tempo, a companhia anunciou cortes expressivos nas tarifas do FBA e de outros serviços logísticos, com reduções de até 89% para produtos com valor abaixo de R$ 79. A meta é clara: tornar o comércio eletrônico mais competitivo em faixas de preço nas quais o custo do frete vinha afastando consumidores. Com a mudança, a Amazon espera não apenas aumentar o volume de vendas, mas também atrair novos empreendedores para sua base de mais de 100 mil vendedores ativos no País.
A decisão de investir mais na logística brasileira ocorre em um momento em que os concorrentes também se movimentam. Em junho, o Mercado Livre reduziu o valor mínimo para frete grátis e barateou o custo de envio para seus vendedores. A Shopee segue como uma opção popular em nichos de baixo valor agregado. “Ao expandir sua malha e ajustar tarifas, a Amazon busca reagir a esse novo ambiente, em que velocidade, alcance regional e preço baixo se tornaram determinantes para fidelizar vendedores e clientes”, afirma a cofundadora e Chief Strategy Officer (CSO) da Divibank, Rebecca Fischer.
O investimento – cujos valores não foram revelados – será absorvido pela empresa como parte de uma estratégia de longo prazo. A lógica é simples: ao sacrificar parte da margem no curto prazo, a companhia fortalece seu ecossistema de vendas, amplia sua cobertura regional e se posiciona como uma alternativa viável também para o pequeno empreendedor fora dos grandes centros. Uma aposta ambiciosa para manter a liderança em um dos mercados digitais mais dinâmicos do mundo.
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