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Ampliação do espaço físico e criação de um living lab são projetos do BHTec para 2024

Com estrutura de 2.700 m², o CIS, que pretende atrair mais centros de P&D e startups, é só um dos planos para 2024
Ampliação do espaço físico e criação de um living lab são projetos do BHTec para 2024
O BHTec, hoje operando em sua capacidade máxima, tem buscado constantemente recursos para expansão da estrutura | Crédito: Divulgação/BHTec/Isis Medeiros

O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTec), hoje operando em sua capacidade máxima, tem buscado constantemente recursos para expansão. Os contratos para as obras do novo prédio, anunciado em agosto deste ano, estão sendo assinados e, se tudo caminhar como o esperado, as intervenções devem começar no segundo semestre de 2024.

Trata-se do repasse de R$ 15 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) anunciado para a construção do Centro de Inteligência em Sustentabilidade (CIS). Porém, os planos do CEO do parque, Marco Crocco, é avançar ainda mais.

De acordo com CEO, o CIS, uma estrutura de 2.700 metros quadrados que pretende atrair mais centros de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e startups que atuam na área de sustentabilidade e ESG, é só um dos planos que ele pretende executar no ano que vem.

O gestor do Parque revela que, além do anexo, estão previstas reformas internas na estrutura do prédio já existente, que permitirá a ampliação de 500 metros quadrados no espaço atual. Além disso, outro projeto é a criação de um living lab, os chamados laboratórios vivos. “São projetos que temos, mas que ainda precisam de recursos. Estamos pleiteando uma verba de R$ 1,7 milhão para executá-los”, disse, sem revelar a origem.

A reforma interna do prédio aumentaria o espaço disponível para aluguel de novos interessados em se estabelecer no Parque. Já o living lab é uma concepção usada no mundo inteiro. “Vai ser uma praça que criaremos no nosso espaço externo com estações modulares (containers), onde vão estar ali tanto empresas como alguns laboratórios da área de educação ambiental”, revela.


Living lab são espaços de colaboração que reúnem empresas, instituições públicas, instituições de ensino e usuários num processo colaborativo para a criação, prototipagem, validação e teste de novas soluções em contextos reais para negócios mais escaláveis.


Crédito: Divulgação/BHTec/Isis Medeiros

BHTec já configura como importante parque tecnológico no cenário nacional

Erguido em 2002, o Parque Tecnológico de Belo Horizonte configura como importante empreendimento do setor no cenário nacional e registra números poderosos. Nos últimos cinco anos, o faturamento ultrapassou R$ 1 bilhão e toda a sua estrutura gerou 873 postos de trabalho diretos – números de 2022.

Só este ano, foram mais de 70 visitas técnicas com escolas, universidades, empresas, consulados e potenciais parceiros. Entre elas, as que Crocco fez questão de ressaltar, a visita da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em março; e a da Nísia Trindade, ministra da Saúde, que conheceu as estruturas do BHTec em julho.

Além das visitas, 2023 foi o ano em que foi ofertado, pela primeira vez, o programa de pós-aceleração de Minas Gerais, o Conexões BHTec, e realizado o primeiro congresso do espaço, o Congresso de Inovação e Sustentabilidade. Também foi inaugurado hub de Inovação Multifuncional e realizados mais de 30 eventos abertos ao público ou exclusivos para a Comunidade BHTec.

Atualmente, o Parque possui 24 empresas residentes, 1 associação de empresas, 2 centros de tecnologia da UFMG e 8 empresas do programa Parque Aberto. Ao longo de sua história, mais de 60 empresas passaram por lá e 23 spin-offs foram originados dali. Foi no Parque que empresas como a Sambatech, que oferece soluções de vídeos e educação, começaram.

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